São Paulo, segunda-feira, 15 de março de 2004

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IATISMO

Pré-Olímpico define brasileiros que irão a Atenas

Scheidt vê disputa fragmentada por medalha olímpica na laser

DA REPORTAGEM LOCAL

Classificado no Pré-Olímpico nacional para sua terceira Olimpíada, Robert Scheidt, 30, avalia que a luta por medalha em Atenas será mais difícil do que em Atlanta e Sydney, quando seu maior rival era o britânico Ben Ainslie.
Agora, o brasileiro acredita que não terá só um adversário na luta pelo lugar mais alto do pódio.
Em Atlanta, o velejador ficou com a medalha de ouro, derrotando Ainslie. Quatro anos depois, o inglês o superou, e Scheidt teve que se contentar com a prata. Em Atenas, a situação é diversa.
"Kalle Summenson e Daniel Birgmark lutam pela vaga na Suécia. Quem se classificar será um adversário muito duro. Além disso, há o australiano Michael Blackburn, atual líder do ranking, e o português Gustavo Lima, campeão mundial", diz Scheidt, que ainda aponta competidores fortes em países como Grécia, Croácia, Romênia e Polônia -Ainslie agora compete na finn.
No Pré-Olímpico nacional, em Búzios (RJ), encerrado ontem, Scheidt garantiu a ida a Atenas já na sexta. "A vitória aliviou a pressão. Agora posso continuar a preparação para chegar bem à Olimpíada", contou ele, que já velejou duas vezes na raia de Atenas.
"Não fui muito bem na competição de 2002 [ficou em 13º]. Mas, no ano passado, ganhei o Pré-Olímpico", lembra Scheidt, que ficará dez dias no local em junho.
"Esse período e mais as duas semanas que treinarei lá, antes da Olimpíada, serão uma boa preparação", crê o iatista, que disputa o Mundial da Turquia, em abril -já ganhou seis vezes o título.
O velejador planeja participar dos Jogos de Pequim-2008 em uma nova classe. "Acho difícil continuar na laser na próxima Olimpíada", afirma Scheidt, que aguarda definição das categorias que terão disputa em Pequim. A Federação Internacional de Vela fará as alterações em novembro.
"Ainda não decidi para qual classe irei. O ideal é iniciar a mudança no ano que vem. Lógico que irei apanhar muito no primeiro ano. Mas, até 2008, terei tempo", diz o iatista, que já velejou com Bruno Prada na star.
Além de Scheidt, o Brasil terá outros barcos que podem subir ao pódio olímpico. Torben Grael/ Marcelo Ferreira (star), João Signorini (finn), André Fonseca/Rodrigo Linck (49er) e Ricardo Winick (mistral) estão entre os dez primeiros do ranking mundial de suas classes. Já na europa, 470 (feminino) e tornado, os campeões nacionais tentarão vaga olímpica no Mundial de cada classe.
A expectativa da FBVM (Federação Brasileira de Vela e Motor) é subir três vezes ao pódio. O iatismo é o esporte que mais trouxe ouros ao Brasil (quatro) e o que mais amealhou medalhas olímpicas, ao lado do atletismo (12).
Ontem, houve a definição na última classe. Na mistral, Carolina Borges superou Paula Newlands e ganhou a vaga. As duas ficaram empatadas em pontos perdidos (23), venceram o mesmo número de provas (nove), mas Carolina se classificou por ter superado Paula na última regata do campeonato.



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