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IATISMO
Pré-Olímpico define brasileiros que irão a Atenas
Scheidt vê disputa fragmentada por medalha olímpica na laser
DA REPORTAGEM LOCAL
Classificado no Pré-Olímpico
nacional para sua terceira Olimpíada, Robert Scheidt, 30, avalia
que a luta por medalha em Atenas
será mais difícil do que em Atlanta e Sydney, quando seu maior rival era o britânico Ben Ainslie.
Agora, o brasileiro acredita que
não terá só um adversário na luta
pelo lugar mais alto do pódio.
Em Atlanta, o velejador ficou
com a medalha de ouro, derrotando Ainslie. Quatro anos depois, o inglês o superou, e Scheidt
teve que se contentar com a prata.
Em Atenas, a situação é diversa.
"Kalle Summenson e Daniel
Birgmark lutam pela vaga na Suécia. Quem se classificar será um
adversário muito duro. Além disso, há o australiano Michael
Blackburn, atual líder do ranking,
e o português Gustavo Lima,
campeão mundial", diz Scheidt,
que ainda aponta competidores
fortes em países como Grécia,
Croácia, Romênia e Polônia
-Ainslie agora compete na finn.
No Pré-Olímpico nacional, em
Búzios (RJ), encerrado ontem,
Scheidt garantiu a ida a Atenas já
na sexta. "A vitória aliviou a pressão. Agora posso continuar a preparação para chegar bem à Olimpíada", contou ele, que já velejou
duas vezes na raia de Atenas.
"Não fui muito bem na competição de 2002 [ficou em 13º]. Mas,
no ano passado, ganhei o Pré-Olímpico", lembra Scheidt, que
ficará dez dias no local em junho.
"Esse período e mais as duas semanas que treinarei lá, antes da
Olimpíada, serão uma boa preparação", crê o iatista, que disputa o
Mundial da Turquia, em abril
-já ganhou seis vezes o título.
O velejador planeja participar
dos Jogos de Pequim-2008 em
uma nova classe. "Acho difícil
continuar na laser na próxima
Olimpíada", afirma Scheidt, que
aguarda definição das categorias
que terão disputa em Pequim. A
Federação Internacional de Vela
fará as alterações em novembro.
"Ainda não decidi para qual
classe irei. O ideal é iniciar a mudança no ano que vem. Lógico
que irei apanhar muito no primeiro ano. Mas, até 2008, terei
tempo", diz o iatista, que já velejou com Bruno Prada na star.
Além de Scheidt, o Brasil terá
outros barcos que podem subir ao
pódio olímpico. Torben Grael/
Marcelo Ferreira (star), João Signorini (finn), André Fonseca/Rodrigo Linck (49er) e Ricardo Winick (mistral) estão entre os dez
primeiros do ranking mundial de
suas classes. Já na europa, 470 (feminino) e tornado, os campeões
nacionais tentarão vaga olímpica
no Mundial de cada classe.
A expectativa da FBVM (Federação Brasileira de Vela e Motor)
é subir três vezes ao pódio. O iatismo é o esporte que mais trouxe
ouros ao Brasil (quatro) e o que
mais amealhou medalhas olímpicas, ao lado do atletismo (12).
Ontem, houve a definição na última classe. Na mistral, Carolina
Borges superou Paula Newlands e
ganhou a vaga. As duas ficaram
empatadas em pontos perdidos
(23), venceram o mesmo número
de provas (nove), mas Carolina se
classificou por ter superado Paula
na última regata do campeonato.
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