São Paulo, segunda-feira, 15 de março de 2004

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VÔLEI

Mudança de comando

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

A Superliga entra na reta da decisão: começam nesta semana as quartas-de-final. No feminino, não há mistério. Dos oito times classificados, o Finasa/ Osasco é o favorito. O outro candidato, o Minas, anda em fase de turbulências. No masculino, o equilíbrio é maior entre Ulbra, Unisul, Minas e Suzano.
Na última semana, o vôlei teve seu dia de futebol. O Minas demitiu Antônio Rizola do comando da equipe feminina. Que eu me lembre, foi a primeira vez que um técnico de vôlei foi dispensado no meio do campeonato. A justificativa dos dirigentes foram as três derrotas consecutivas do time nas últimas rodadas.
O último resultado negativo foi o mais surpreendente: o Minas perdeu para o Sesi, o lanterna do torneio, por 3 sets a 1, em casa. Para ter uma idéia, em 18 jogos, o Sesi só conseguiu duas vitórias. A pergunta agora é: o que acontece com a equipe que tem Virna, Arlene, Keba Phipps, Fabiana, Raquel e Gisele?
Tecnicamente, o time é bom. A levantadora Gisele não é nenhuma Fernanda Venturini ou nenhuma Fofão, é até um tanto irregular, mas segura a onda. As atacantes são boas. Arlene é uma grande líbero. A base do time titular foi contratada neste ano.
O certo é que o Minas deu uma desestabilizada nas últimas rodadas. Depois das folgas de Carnaval, desandou. A equipe, que só tinha duas derrotas no torneio, voltou desconcentrada: não ganhou mais nenhum jogo. Terminou a fase de classificação com cinco derrotas, por pouco não perde a vice-liderança.
E, nessas situações, o caminho mais usual é tentar uma mudança. E entre mudar uma equipe ou alterar apenas uma peça, a segunda alternativa sempre é a mais fácil para os dirigentes. Resultado: sobrou para o técnico, que já foi campeão brasileiro pelo Minas na temporada 2001/02.
O escolhido para substituir Rizola foi Chico dos Santos, também um bom técnico. Taticamente, o maior desafio dele será acertar o sistema defensivo para o time ganhar mais volume de jogo. O Minas é uma equipe que tem jogado muito em função do poder do ataque.
O outro desafio de Chico, que nos últimos anos tem trabalhado como auxiliar técnico de Bernardinho na seleção, é a luta contra o tempo. No sábado, o time já estréia nas quartas-de-final contra a Força Olímpica, uma equipe guerreira, comandada pela atacante Leila e que tem uma grande torcida em Brasília.
É o tipo de jogo que não pode vacilar. O Minas é o favorito, mas, se bobear, pode perder, sim, da Força Olímpica. Como dá para perceber, o técnico Chico dos Santos pegou uma situação bem complicada pela frente. Ou melhor, pegou um belo abacaxi para descascar.
Nos outros confrontos das quartas-de-final, o Osasco vai passar fácil pelo Macaé. São Caetano terá um páreo mais disputado com o Pinheiros, mas é o favorito.
Já o Rexona, da levantadora Fofão, vai sofrer com Campos. Nos dois confrontos da fase de classificação, o time perdeu de Campos.

Italiano
O Modena, do brasileiro Dante, perdeu na rodada do fim de semana do Campeonato Italiano. Foi superado pelo Piacenza, do técnico Julio Velasco, por 3 sets a 0. Foi a 14ª derrota em 23 jogos. O time, campeão da Copa Europa, está em 11º lugar. Faltando três rodadas para acabar a primeira fase, tem de tomar cuidado para não ser rebaixado.

O herdeiro de Giba
Uma novidade agita o vôlei italiano: a notícia da gravidez da romena Cristina Pirv, namorada de Giba, da seleção brasileira. Os dirigentes do Novara afirmaram, em entrevista à imprensa italiana, que ela está sendo poupada dos jogos por causa da gravidez. Pirv foi um dos destaques do Minas na conquista do título brasileiro na temporada 2001/02. Há dois anos, ela atua na Itália.

E-mail: cidasan@uol.com.br


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