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VÔLEI
Mudança de comando
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
A Superliga entra na reta
da decisão: começam nesta
semana as quartas-de-final. No
feminino, não há mistério. Dos
oito times classificados, o Finasa/
Osasco é o favorito. O outro candidato, o Minas, anda em fase de
turbulências. No masculino, o
equilíbrio é maior entre Ulbra,
Unisul, Minas e Suzano.
Na última semana, o vôlei teve
seu dia de futebol. O Minas demitiu Antônio Rizola do comando
da equipe feminina. Que eu me
lembre, foi a primeira vez que um
técnico de vôlei foi dispensado no
meio do campeonato. A justificativa dos dirigentes foram as três
derrotas consecutivas do time nas
últimas rodadas.
O último resultado negativo foi
o mais surpreendente: o Minas
perdeu para o Sesi, o lanterna do
torneio, por 3 sets a 1, em casa.
Para ter uma idéia, em 18 jogos, o
Sesi só conseguiu duas vitórias. A
pergunta agora é: o que acontece
com a equipe que tem Virna, Arlene, Keba Phipps, Fabiana, Raquel e Gisele?
Tecnicamente, o time é bom. A
levantadora Gisele não é nenhuma Fernanda Venturini ou nenhuma Fofão, é até um tanto irregular, mas segura a onda. As atacantes são boas. Arlene é uma
grande líbero. A base do time titular foi contratada neste ano.
O certo é que o Minas deu uma
desestabilizada nas últimas rodadas. Depois das folgas de Carnaval, desandou. A equipe, que só tinha duas derrotas no torneio, voltou desconcentrada: não ganhou
mais nenhum jogo. Terminou a
fase de classificação com cinco
derrotas, por pouco não perde a
vice-liderança.
E, nessas situações, o caminho
mais usual é tentar uma mudança. E entre mudar uma equipe ou
alterar apenas uma peça, a segunda alternativa sempre é a
mais fácil para os dirigentes. Resultado: sobrou para o técnico,
que já foi campeão brasileiro pelo
Minas na temporada 2001/02.
O escolhido para substituir Rizola foi Chico dos Santos, também um bom técnico. Taticamente, o maior desafio dele será acertar o sistema defensivo para o time ganhar mais volume de jogo.
O Minas é uma equipe que tem
jogado muito em função do poder
do ataque.
O outro desafio de Chico, que
nos últimos anos tem trabalhado
como auxiliar técnico de Bernardinho na seleção, é a luta contra o
tempo. No sábado, o time já estréia nas quartas-de-final contra
a Força Olímpica, uma equipe
guerreira, comandada pela atacante Leila e que tem uma grande
torcida em Brasília.
É o tipo de jogo que não pode
vacilar. O Minas é o favorito, mas,
se bobear, pode perder, sim, da
Força Olímpica. Como dá para
perceber, o técnico Chico dos Santos pegou uma situação bem complicada pela frente. Ou melhor,
pegou um belo abacaxi para descascar.
Nos outros confrontos das quartas-de-final, o Osasco vai passar
fácil pelo Macaé. São Caetano terá um páreo mais disputado com
o Pinheiros, mas é o favorito.
Já o Rexona, da levantadora
Fofão, vai sofrer com Campos.
Nos dois confrontos da fase de
classificação, o time perdeu de
Campos.
Italiano
O Modena, do brasileiro Dante, perdeu na rodada do fim de semana
do Campeonato Italiano. Foi superado pelo Piacenza, do técnico Julio Velasco, por 3 sets a 0. Foi a 14ª derrota em 23 jogos. O time, campeão da Copa Europa, está em 11º lugar. Faltando três rodadas para
acabar a primeira fase, tem de tomar cuidado para não ser rebaixado.
O herdeiro de Giba
Uma novidade agita o vôlei italiano: a notícia da gravidez da romena
Cristina Pirv, namorada de Giba, da seleção brasileira. Os dirigentes
do Novara afirmaram, em entrevista à imprensa italiana, que ela está
sendo poupada dos jogos por causa da gravidez. Pirv foi um dos destaques do Minas na conquista do título brasileiro na temporada
2001/02. Há dois anos, ela atua na Itália.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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