São Paulo, sábado, 15 de março de 2008

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Hamilton erra na hora certa e leva a 1ª pole

Pilotos sofrem para segurar carros sem o auxílio do controle de tração

Dificuldades com pneus e pista empoeirada do Albert Park complicam ainda mais trabalho para a prova de abertura do campeonato


DA ENVIADA A MELBOURNE

Meses de ensaios, palpites, pitacos, apostas, elucubrações, teorias e hipóteses deram lugar ao mundo real. Um mundo hostil, como sentiram Adrian Sutil, Sebastian Vettel, Giancarlo Fisichella, Rubens Barrichello, Fernando Alonso, Nelsinho Piquet, Kazuki Nakajima, Kimi Raikkonen, Felipe Massa...
Nos primeiros treinos de uma era "mais humana" na F-1, como definiu o brasileiro da Ferrari, o Albert Park, em Melbourne, assistiu a um festival de rodadas, passeios pela grama e apuros na caixa de brita. Que seguiu até o treino de classificação. E fez várias "vítimas".
Entre elas Lewis Hamilton, que também errou. Mas nos treinos livres. Na classificação, o piloto da McLaren foi perfeito e cravou a pole. A sétima de sua breve carreira na F-1.
O motivo de tantos erros, o fim do controle de tração. Resgatado pela categoria entre 2001 e 2007, era acionado eletronicamente e auxiliava os pilotos principalmente em situações de retomada de velocidade, como saídas de curvas.
"Sempre fui a favor dessas novas regras. Acredito que o controle de tração traz o melhor de cada piloto e estar na pole é muito bom", afirmou o piloto inglês, vice em 2007.
Sem essa ajuda, a vida dos pilotos ficou mais complicada. E a dificuldade foi potencializada pela pista suja, cheia de poeira e detritos, e pelo forte vento.
"Sem dúvida, o mais difícil é o fim do controle de tração. Você tem que dosar o acelerador, principalmente em saídas de curvas de baixa velocidade", afirmou Massa, que estreou na F-1 em 2002 e que, portanto, nunca disputou um GP na categoria sem o auxílio eletrônico. Ele larga em quarto no GP.
"A gente sabe que a pista estava muito suja, e isso atrapalhou um pouco", completou.
Para Alonso, um dos que deram vários passeios na brita, é só uma questão de costume. "Após duas ou três corridas, vamos ter esquecido o que era guiar com os auxílios eletrônicos, e os carros terão o mesmo desempenho sem eles", falou o bicampeão, cuja experiência sem controle de tração se resume a quatro GPs em 2001.
Fisichella, outro dos seis veteranos que correram na F-1 sem o dispositivo, também acredita em melhora, "com mais borracha na pista e com o asfalto mais limpo".
Coincidência, erro de cálculo ou resultado direto do novo comportamento dos carros, os pneus também sofreram.
A Bridgestone selecionou para a corrida em Melbourne compostos macios e médios, o que dividiu os pilotos. "Em 2007, a diferença que sentia entre os compostos era maior", disse Alonso. "Apesar de estar mais quente, o rendimento foi melhor que em 2007", afirmou Massa.0 (TATIANA CUNHA)


NA TV - GP da Austrália
Globo, ao vivo, à 1h30 de amanhã



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