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Hamilton erra na hora certa e leva a 1ª pole
Pilotos sofrem para segurar carros
sem o auxílio do controle de tração
Dificuldades com pneus e
pista empoeirada do Albert
Park complicam ainda mais
trabalho para a prova de
abertura do campeonato
DA ENVIADA A MELBOURNE
Meses de ensaios, palpites,
pitacos, apostas, elucubrações,
teorias e hipóteses deram lugar
ao mundo real. Um mundo hostil, como sentiram Adrian Sutil,
Sebastian Vettel, Giancarlo Fisichella, Rubens Barrichello,
Fernando Alonso, Nelsinho Piquet, Kazuki Nakajima, Kimi
Raikkonen, Felipe Massa...
Nos primeiros treinos de
uma era "mais humana" na F-1,
como definiu o brasileiro da
Ferrari, o Albert Park, em Melbourne, assistiu a um festival
de rodadas, passeios pela grama e apuros na caixa de brita.
Que seguiu até o treino de classificação. E fez várias "vítimas".
Entre elas Lewis Hamilton,
que também errou. Mas nos
treinos livres. Na classificação,
o piloto da McLaren foi perfeito e cravou a pole. A sétima de
sua breve carreira na F-1.
O motivo de tantos erros, o
fim do controle de tração. Resgatado pela categoria entre
2001 e 2007, era acionado eletronicamente e auxiliava os pilotos principalmente em situações de retomada de velocidade, como saídas de curvas.
"Sempre fui a favor dessas
novas regras. Acredito que o
controle de tração traz o melhor de cada piloto e estar na
pole é muito bom", afirmou o
piloto inglês, vice em 2007.
Sem essa ajuda, a vida dos pilotos ficou mais complicada. E
a dificuldade foi potencializada
pela pista suja, cheia de poeira e
detritos, e pelo forte vento.
"Sem dúvida, o mais difícil é o
fim do controle de tração. Você
tem que dosar o acelerador,
principalmente em saídas de
curvas de baixa velocidade",
afirmou Massa, que estreou na
F-1 em 2002 e que, portanto,
nunca disputou um GP na categoria sem o auxílio eletrônico.
Ele larga em quarto no GP.
"A gente sabe que a pista estava muito suja, e isso atrapalhou um pouco", completou.
Para Alonso, um dos que deram vários passeios na brita, é
só uma questão de costume.
"Após duas ou três corridas, vamos ter esquecido o que era
guiar com os auxílios eletrônicos, e os carros terão o mesmo
desempenho sem eles", falou o
bicampeão, cuja experiência
sem controle de tração se resume a quatro GPs em 2001.
Fisichella, outro dos seis veteranos que correram na F-1
sem o dispositivo, também
acredita em melhora, "com
mais borracha na pista e com o
asfalto mais limpo".
Coincidência, erro de cálculo
ou resultado direto do novo
comportamento dos carros, os
pneus também sofreram.
A Bridgestone selecionou para a corrida em Melbourne
compostos macios e médios, o
que dividiu os pilotos. "Em
2007, a diferença que sentia entre os compostos era maior",
disse Alonso. "Apesar de estar
mais quente, o rendimento foi
melhor que em 2007", afirmou
Massa.0
(TATIANA CUNHA)
NA TV - GP da Austrália
Globo, ao vivo, à 1h30 de amanhã
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