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Dúvida final, "Zóio" lutará em Pequim
Judoca que se confundiu com placar em Sydney-2000 diz no anúncio da seleção olímpica esperar redenção na China
Confederação tem como
meta quebrar o recorde de
três pódios obtidos em
Los Angeles-84 e voltar com
quatro medalhas olímpicas
LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
A última dúvida do time
olímpico de judô que competirá na China foi desvendada ontem. O peso-ligeiro Denílson
Lourenço, 30, que obtivera resultados idênticos ao de seu rival nacional nas competições
seletivas, foi confirmado como
titular nos Jogos de Pequim.
Além de seu nome, foram
anunciados ontem os demais
atletas que competirão na China -sem surpresas, todos os
que venceram mais combates
que os concorrentes nas seletivas também foram convocados.
Denílson encara sua última
Olimpíada como uma volta por
cima. Dupla. Quer enterrar o
pífio desempenho que teve em
Sydney e se redimir por ter sido
cortado do Mundial do ano passado por apresentar-se acima
do limite de peso da categoria
(60 kg), quando foi convocado
de última hora para substituir o
titular lesionado.
"Em Sydney, tive aquele problema estranho. Usava óculos e
não via o placar. Sempre guardei a pontuação das lutas na cabeça, mas lá me confundi.
Achei que estava à frente, mas
estava atrás no placar. Perdi a
estréia e não voltei", lembrou o
judoca, que ganhou o apelido
de "Zóio" após o episódio.
Depois ele passou por cirurgia para corrigir os 2 de miopia
e 2,5 de astigmatismo. Teve
uma chance na antevéspera do
Mundial do Rio, quando Alexandre Lee se machucou, mas
foi cortado. "Não foi nada agradável ficar fora por problema
de peso. De fato, eu não estava
preparado para assumir a vaga
daquele jeito. Tive que treinar
muito, com dedicação, para
conseguir voltar à seleção."
Segundo avaliação da comissão técnica, Denílson é apenas
um dos 13 judocas do país com
chance de medalha na China
-a peso-pesado Priscila Marques é a única que está em situação complicada no ranqueamento continental e precisa ser
campeã pan-americana em
maio para ir a Pequim.
"Temos uma equipe qualificada por seus próprios resultados. Não é falar "eu acho". Sabemos que há reais chances de
medalhas. A meta é superar em
quantidade Los Angeles, quando foram uma prata e dois
bronzes", disse o coordenador
da seleção, Ney Wilson.
Além de Denílson, integram
o time titular João Derly, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo,
Eduardo Santos, Luciano Corrêa e João Gabriel Schlittler;
Sarah Menezes, Érika Miranda,
Ketleyn Quadros, Danielli Yuri,
Mayra Aguiar, Edinanci Silva e
Priscila Marques.
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