|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
saiba mais
Esporte reflete luta política entre países
DA REPORTAGEM LOCAL
Se Taiwan ainda está distante da China no quadro de
medalhas, as duas nações
mantêm, entre a cartolagem,
acirrada disputa há anos.
Em 1949, quando Mao
Tsé-tung comandou a Revolução Chinesa que derrubou
o governo continental, o grupo do Kuomintang (Partido
Nacionalista), chefiado por
Chiang Kai-shek, fugiu para
Taiwan, reivindicando status
de Estado independente.
Com apoio principalmente dos EUA, o novo país ganhou representatividade internacional e foi aceito como
membro do Comitê Olímpico Internacional, em 1955.
Apesar dos protestos da
China, Avery Brundage, presidente do COI, manteve
Taiwan filiada. "Somos contra os que usam a Olimpíada
com propósitos políticos."
A iniciativa levou a China a
boicotar os Jogos de Melbourne, no ano seguinte, e ficar fora do Movimento
Olímpico por décadas.
A geopolítica internacional, porém, pendeu para o lado chinês a partir dos anos
1970. Em 1971, a Assembléia
Geral da ONU aprovou resolução que expulsou Taiwan
do sistema da entidade, formado pelos países soberanos, restituindo o posto e todos os direitos à China.
Em 1979, foi a vez de o COI
costurar acordo para reabrigar os chineses na entidade.
Para isso, seu Comitê Executivo aprovou, por 62 votos
a favor e 17 contra, que a China usaria seu hino e bandeira. Já a entidade de Taiwan
passaria a se chamar Comitê
Olímpico Chinês de Taipé e
seu hino e bandeira precisariam de aprovação do COI.
A reestréia olímpica ocorreu nos Jogos de Inverno de
Lake Placid (EUA), em 1980.
Já distante da ex-União
Soviética, a China boicotou a
Olimpíada de Moscou-80. Só
reestreou nos Jogos de Verão em 1984, em Los Angeles.
Acabou num honroso quarto
lugar, com 15 ouros, oito pratas e nove bronzes.0
(ALF)
Texto Anterior: Taiwan classifica beisebol e pode atrapalhar China Próximo Texto: Feito: Ilha levou China pela 1ª vez ao pódio Índice
|