São Paulo, domingo, 15 de abril de 2007

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Regular, São Paulo desafia mata-mata

Eficaz nos pontos corridos, time de Muricy Ramalho tenta evitar fracasso em disputa eliminatória contra São Caetano

Com o atual técnico, equipe são-paulina ganhou 68% dos pontos e conquistou Brasileiro, mas perdeu finais da Recopa e da Libertadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Sob o comando de Muricy Ramalho, o São Paulo prima pela regularidade nos campeonatos que disputa. Tornou-se até repetitivo em suas vitórias apertadas. Mas não aprendeu a enfrentar o elemento imprevisível do futebol: os mata-matas.
A partir de hoje, às 16h, no Pacaembu, a equipe encara o desafio diante do São Caetano, na primeira partida da semifinal do Paulista. Tentará vencer a primeira competição com jogos eliminatórios com Muricy.
Até o treinador admite que o estilo do time, de poucas derrotas e regularidade, beneficia-se dos pontos corridos. Com ele, o São Paulo acostumou-se ao sucesso tranqüilo. Foi assim no Brasileiro de 2006, com 68,4% de aproveitamento, nove pontos de vantagem e o título.
Aliás, o desempenho no Nacional é similar à média de pontos do time são-paulino nos 94 jogos dirigidos por Muricy. Nessas partidas, marcou média de 1,93 gol e sofreu 0,93 gol. É como se vencesse por 2 a 1 a maioria dos jogos.
Isso reflete-se nas campanhas. No Paulista-2006, o aproveitamento foi de 73,6%. Em 2007, fica em 77,1%. Nos dois casos, o desempenho foi em fase de pontos corridos.
Mas, nas competições com mata-matas, a performance são-paulina cai. Considerados só os jogos em fases eliminatórias, o time comandado por Muricy teve 50% de aproveitamento. E fracassou na Recopa Sul-Americana e na Libertadores. "Perde-se ou ganha-se no detalhe. Mas temos chegado aos mata-matas, como à final da Libertadores, pois temos um time competitivo", analisa o treinador são-paulino. "Qualquer time que perde pouco, como nós, beneficia-se nos campeonatos de pontos corridos."
O temor do técnico é que, nas partidas decisivas, o time pode "não estar em seu dia". Assim, o São Paulo prepara-se de forma especial para as semifinais, explicam os jogadores da equipe.
"Tem que controlar a euforia, a ansiedade. É uma coisa diferente. Tem que multiplicar a concentração. Não dá para brincar toda a hora", afirma o volante Josué.
Isso é obtido por meio de seguidas repetições das ordens de Muricy. Se não for assim, segundo ele, os atletas esquecem.
A fórmula serve para superar um adversário também com poucos sucessos nos mata-matas. Desde sua ascensão, o São Caetano fez final em quatro campeonatos com jogos eliminatórios. Dois Brasileiros, uma Libertadores e um Paulista.
Só ganhou o Estadual, em 2004, com o próprio Muricy. Agora, o técnico tenta superar o trauma de decisões no São Paulo. (RODRIGO MATTOS)

NA TV - São Paulo x São Caetano


Globo, Band (ambas para SP) e Sportv, ao vivo, às 16h


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