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Regular, São Paulo desafia mata-mata
Eficaz nos pontos corridos, time de Muricy Ramalho tenta evitar fracasso em disputa eliminatória contra São Caetano
Com o atual técnico, equipe
são-paulina ganhou 68%
dos pontos e conquistou
Brasileiro, mas perdeu finais
da Recopa e da Libertadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Sob o comando de Muricy
Ramalho, o São Paulo prima
pela regularidade nos campeonatos que disputa. Tornou-se
até repetitivo em suas vitórias
apertadas. Mas não aprendeu a
enfrentar o elemento imprevisível do futebol: os mata-matas.
A partir de hoje, às 16h, no
Pacaembu, a equipe encara o
desafio diante do São Caetano,
na primeira partida da semifinal do Paulista. Tentará vencer
a primeira competição com jogos eliminatórios com Muricy.
Até o treinador admite que o
estilo do time, de poucas derrotas e regularidade, beneficia-se
dos pontos corridos. Com ele, o
São Paulo acostumou-se ao sucesso tranqüilo. Foi assim no
Brasileiro de 2006, com 68,4%
de aproveitamento, nove pontos de vantagem e o título.
Aliás, o desempenho no Nacional é similar à média de pontos do time são-paulino nos 94
jogos dirigidos por Muricy.
Nessas partidas, marcou média
de 1,93 gol e sofreu 0,93 gol. É
como se vencesse por 2 a 1 a
maioria dos jogos.
Isso reflete-se nas campanhas. No Paulista-2006, o aproveitamento foi de 73,6%. Em
2007, fica em 77,1%. Nos dois
casos, o desempenho foi em fase de pontos corridos.
Mas, nas competições com
mata-matas, a performance
são-paulina cai. Considerados
só os jogos em fases eliminatórias, o time comandado por
Muricy teve 50% de aproveitamento. E fracassou na Recopa
Sul-Americana e na Libertadores. "Perde-se ou ganha-se no
detalhe. Mas temos chegado
aos mata-matas, como à final
da Libertadores, pois temos um
time competitivo", analisa o
treinador são-paulino. "Qualquer time que perde pouco, como nós, beneficia-se nos campeonatos de pontos corridos."
O temor do técnico é que, nas
partidas decisivas, o time pode
"não estar em seu dia". Assim, o
São Paulo prepara-se de forma
especial para as semifinais, explicam os jogadores da equipe.
"Tem que controlar a euforia,
a ansiedade. É uma coisa diferente. Tem que multiplicar a
concentração. Não dá para
brincar toda a hora", afirma o
volante Josué.
Isso é obtido por meio de seguidas repetições das ordens de
Muricy. Se não for assim, segundo ele, os atletas esquecem.
A fórmula serve para superar
um adversário também com
poucos sucessos nos mata-matas. Desde sua ascensão, o São
Caetano fez final em quatro
campeonatos com jogos eliminatórios. Dois Brasileiros, uma
Libertadores e um Paulista.
Só ganhou o Estadual, em
2004, com o próprio Muricy.
Agora, o técnico tenta superar o
trauma de decisões no São Paulo.
(RODRIGO MATTOS)
NA TV - São Paulo x São Caetano
Globo, Band (ambas para SP) e
Sportv, ao vivo, às 16h
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