São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2008

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No vestiário, Palmeiras se culpa

Luxemburgo critica jogadores por má atuação, descarta ida a Atibaia e hoje fará discurso por reação

Técnico, que reclamou da arbitragem, está insatisfeito com erros nas bolas aéreas, treinadas a portas fechadas à exaustão antes do clássico

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo está engasgado. Esse foi o tom da breve conversa que o treinador Vanderlei Luxemburgo teve com os jogadores palmeirenses após a derrota de 2 a 1, anteontem no Morumbi, primeiro confronto pela semifinal do Paulista.
Se para os jornalistas o treinador reclamou do gol de mão de Adriano, e voltou a criticar o coronel Marcos Marinho, chefe da arbitragem da federação paulista, internamente a Folha apurou que, no vestiário, Luxemburgo concentrou sua insatisfação na fraca atuação da equipe, principalmente no primeiro tempo.
Hoje à tarde, quando o grupo se reapresentar visando a partida de domingo, Vanderlei Luxemburgo vai, então, conversar com os jogadores para cobrar uma reação. O Palmeiras precisa de uma vitória para ir à final da competição.
Outro ponto a ser debatido vai ser o atacante Adriano, autor dos dois gols do São Paulo.
Na última sexta-feira, o técnico palmeirense fez um treinamento fechado no CT para trabalhar exaustivamente o posicionamento de seus defensores contra as bolas alçadas na área.
Apesar do cuidado, Luxemburgo teve de assistir à bela atuação do camisa 10 rival, que levou vantagem na maioria das jogadas de área.
A semana, que promete ser agitada, traz mudanças em relação à preparação do elenco. O time não vai viajar para Atibaia e trabalhará apenas na capital paulista.
Entre os dirigentes dos dois clubes, o ambiente também é de rivalidade. O diretor administrativo José Cyrillo Júnior fez algumas ressalvas ao tratamento dado à cúpula palmeirense no Morumbi.
"Deram uma tribuna pequena, para 14 pessoas, lá no Morumbi. Gente nossa teve dificuldade para achar o local e assistir à partida", falou o dirigente que criticou ainda a lotação do estádio são-paulino.
"Acho que 60% do estádio ficou vazio e muitos torcedores palmeirenses não puderam ir. Eles [dirigentes do São Paulo] não venderam porque não quiseram. Mas tenho certeza de que no jogo de domingo, no Parque Antarctica, o estádio vai estar lotado", comentou o dirigente palmeirense.
A carga de ingressos colocada para o jogo foi de pouco mais de 67 mil ingressos. O público pagante de anteontem, porém, foi 37.203 torcedores.
A preocupação do clube agora é em relação à recuperação do gramado de seu estádio.
Segundo Roberto Gomide, da World Sports, empresa que cuida do campo, o trabalho está adiantado. O tempo chuvoso, no entanto, pode atrapalhar a recuperação da grama.
"As principais atividades técnicas foram feitas na quinta-feira. Agora, temos de esperar a grama de inverno germinar. A chuva de hoje [ontem] ainda foi boa. Mas, se continuar chovendo, vai prejudicar a compactação", afirmou Gomide.
De acordo com a evolução do gramado, a empresa que está trabalhando no Palmeiras deverá ter uma reunião com a diretoria do clube para liberar um treinamento leve na próxima sexta-feira.


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