São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2008

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"Host", Raí vai recorrer à internet para resgatar marcas de seu passado

Caio Guatelli/Folha Imagem
O ex-meia Raí, no camarote que montou no Morumbi por R$ 1 milhão e onde quer fazer exposições e lançamentos de livros

RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC

A abertura das semifinais entre São Paulo e Palmeiras foi também o primeiro clássico de Raí como anfitrião em seu camarote no Morumbi.
A "sala Raí" foi inaugurada na vitória de 3 a 1 dos são-paulinos sobre o Sertãozinho, no dia 27 de março. E é onde ele agora passa os dias de jogos recepcionando convidados dos patrocinadores, fonte de receita do empreendimento.
O projeto levou dois anos. E fez o ex-meia descobrir que não se preocupou em guardar lembranças dos tempos de jogador. Agora, planeja pedir ajuda aos fãs na internet.
Ao decorar o ambiente, Raí não encontrou camisas do São Paulo ou da seleção da época em que atuava. Pediu ajuda ao amigo Zetti, que cedeu uma camiseta de treino da seleção tetra em 1994, autografada pelo elenco. E outra do São Paulo campeão da Libertadores e do Mundial de clubes em 1992.
"Não tive organização para guardar nada. Agora estou motivado a recuperar isso. Acho uma boa idéia recorrer aos torcedores pela internet. Eles guardam mais as coisas."
Se conseguir novos objetos, Raí vai incrementar um pequeno memorial que mantém na entrada do camarote. Lá estão algumas fotos e iPods, nos quais os convidados escutam histórias do ex-jogador e observam algumas imagens.
Como a do primeiro autógrafo, dado a um amigo, quando Raí tinha 13 anos. Na gravação, ele conta que falou para o colega guardar a assinatura. Um dia poderia valer dinheiro. Está preservada até hoje.
Depois do pequeno museu, há uma sala, com poltronas espalhadas e, mais à frente, os assentos para os torcedores assistirem aos jogos.
"Esse espaço é uma continuidade do meu perfil como jogador. Eu era visto como um atleta diferenciado, que gostava de eventos culturais e sociais. Aqui vai ser assim também", diz o ex-meia, ao explicar seus planos para o local.
O camarote vai receber eventos também em dias sem jogos no estádio, como exposições e lançamentos de livros.
O investimento para montar a área foi superior a R$ 1 milhão. O espaço comporta 70 convidados. No clássico, cerca de dez eram da família de Raí.
"O Magrão ficou de vir. Mas sabe como é a figura, fala que vem e, às vezes, nem aparece", disse, sobre o irmão Sócrates.
O corintiano chegou no segundo tempo, quando Raí já tinha cumprido sua missão mais espinhosa como "host": tirar fotos com fãs, entre mordidas em pequenos sanduíches e salgadinhos. "Não deu para almoçar", dizia, justificando-se por sair nas fotos com os petiscos.


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