São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 2011

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

A chata preguiça da geração videogame

A DECLARAÇÃO é de Alonso, depois do GP da Malásia, comentando o problema na asa traseira: "Se o sistema tivesse funcionado, eu poderia ter ultrapassado Hamilton tranquilamente na reta e não teria que duelar roda a roda com ele, correndo riscos".
Chama a atenção não a questão pontual, mas sim o conceito que até o espanhol -um dos pilotos mais agressivos da F-1- incorporou do básico ato de ultrapassar.
Correr riscos.
Um conceito que parece disseminado hoje na F-1.
Horas após a bandeirada de Sepang, a FIA puniu Hamilton e Alonso pelo belo -e raro- duelo que travaram.
O inglês, por ter mudado de trajetória mais de uma vez diante do rival. O espanhol, pelo toque que deu na McLaren e que quebrou a asa dianteira de seu carro.
Não houve risco nenhum na disputa. Ou, pelo menos, nenhum risco maior do que aquele que os pilotos já correm ao largarem para um GP.
Mas por que tentar o "roda a roda" quando é possível acionar um botão na reta e, vupt, passar sem esforço?
Por que duelar se, daqui a algumas voltas, um dos dois terá de parar nos boxes para trocar pneus esfarelantes?
Por que se jogar numa freada se, ao tracionar na saída da curva, é possível apertar o botão do Kers e surpreender o adversário?
Os fins imaginados por Ecclestone são louváveis. Mas os meios passam pela atitude dos pilotos, pelas tentações do mundo moderno, pela filosofia videogame que toma conta não só da F-1. Villeneuve x Arnoux, nunca mais.

COPA MONTANA
CRUZ
Em entrevista a Natali Chiconi, da "Quatro Rodas", Pedro Boesel, envolvido no acidente que matou Gustavo Sondermann, disse que o carro é "extremamente inseguro" na chuva e que há "cinco ou seis pilotos" na categoria sem experiência. É o automobilismo brasileiro.

NA RUA
Carros da Stock desfilam por Ribeirão, onde correm domingo. Que a segurança lá tenha melhorado. E que eu esteja errado em achar que nada mudou


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