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MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas
A chata preguiça da geração videogame
A DECLARAÇÃO é de Alonso, depois do GP da Malásia, comentando o problema na asa traseira: "Se o
sistema tivesse funcionado,
eu poderia ter ultrapassado
Hamilton tranquilamente
na reta e não teria que duelar roda a roda com ele, correndo riscos".
Chama a atenção não a
questão pontual, mas sim o
conceito que até o espanhol
-um dos pilotos mais agressivos da F-1- incorporou do
básico ato de ultrapassar.
Correr riscos.
Um conceito que parece
disseminado hoje na F-1.
Horas após a bandeirada
de Sepang, a FIA puniu Hamilton e Alonso pelo belo -e
raro- duelo que travaram.
O inglês, por ter mudado
de trajetória mais de uma
vez diante do rival. O espanhol, pelo toque que deu na
McLaren e que quebrou a
asa dianteira de seu carro.
Não houve risco nenhum
na disputa. Ou, pelo menos, nenhum risco maior
do que aquele que os pilotos já correm ao largarem
para um GP.
Mas por que tentar o "roda a roda" quando é possível acionar um botão na reta
e, vupt, passar sem esforço?
Por que duelar se, daqui a
algumas voltas, um dos dois
terá de parar nos boxes para
trocar pneus esfarelantes?
Por que se jogar numa
freada se, ao tracionar na
saída da curva, é possível
apertar o botão do Kers e
surpreender o adversário?
Os fins imaginados por
Ecclestone são louváveis.
Mas os meios passam pela
atitude dos pilotos, pelas
tentações do mundo moderno, pela filosofia videogame
que toma conta não só da
F-1. Villeneuve x Arnoux,
nunca mais.
COPA MONTANA
CRUZ
Em entrevista a Natali Chiconi, da "Quatro Rodas", Pedro Boesel, envolvido no acidente que matou Gustavo
Sondermann, disse que o
carro é "extremamente inseguro" na chuva e que há
"cinco ou seis pilotos" na categoria sem experiência. É o
automobilismo brasileiro.
NA RUA Carros da Stock desfilam por Ribeirão, onde correm domingo. Que a segurança lá tenha melhorado. E que eu esteja errado em achar que nada mudou
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