São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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PAINEL FC

Ninguém viu
Sem função na seleção, o coordenador técnico Antônio Lopes já avisou a amigos: independentemente do que ocorra na Copa, deixará o time nacional após o término da competição. Disse que está cansado de sua "função" burocrática e que deseja voltar a ser treinador.

Onipresente
Se for pentacampeã, a seleção terá que se espalhar feito farinha para cumprir promessas e pedidos de cidades sobre a primeira visita da equipe depois do título. São Luís e Porto Alegre dão como certa a escala. Ontem, animado com a acolhida dos catalães, Ricardo Teixeira prometeu que Barcelona terá a primazia.

Bate-cabeça
A comissão técnica da seleção fez confusão com a data do jogo-treino contra o time B do Espanyol. O coletivo foi marcado inicialmente para hoje, trocado anteontem para amanhã, reconfirmado por alguns integrantes da CBF para hoje e só então anunciado definitivamente para amanhã à tarde.

Morfeu
Cafu e Emerson perderam o ônibus da seleção e chegaram atrasados ao treino de ontem à tarde. Protagonistas de uma polêmica sobre a faixa de capitão do time de Scolari, os dois dormiram demais. Depois, alegaram nem ter escutado quando bateram na porta do quarto de hotel para avisá-los que a equipe já estava de saída.

Uns com tanto...
Piada recorrente entre os brasileiros que acompanham a seleção na Espanha: confortável e funcional, o miniestádio do Barcelona, apenas um anexo do monumental Camp Nou, é o estádio dos sonhos de muito clube grande do Brasil. O Corinthians, por exemplo, cai como uma luva para a brincadeira.

Choro de perdedor
A tropa de choque de Joseph Blatter interpretou o pedido de adiamento das eleições da Fifa feito pela oposição como um sinal de fraqueza da candidatura do camaronês Issa Hayatou. Para os aliados do atual presidente, a reeleição está garantida.

Boca calada
Presidente de honra da Fifa, João Havelange decidiu. Não irá se pronunciar sobre os US$ 55 mil que recebeu da entidade e que o próprio Blatter se recusou a explicar. Segundo a assessoria do dirigente brasileiro, a questão diz respeito apenas à Fifa e não é de interesse público.

Versão...
A cúpula da CBF tem dito, na Espanha, que o Brasileiro de 2002 será organizado única e exclusivamente por ela, com o consentimento da Liga Nacional de Clubes. Em troca do apoio, a confederação reconheceria oficialmente a entidade comandada por Fábio Koff.

...contrariada
Mas, no Rio de Janeiro, o dirigente gaúcho negou que vá abrir mão de organizar o torneio. Em reunião com representantes da confederação e da Globo, disse que ficou praticamente acordado que a Liga será a responsável pelo regulamento da competição. Uma definição sobre o assunto deve sair em uma semana.

Fora do ar
Sem acerto com a Globo, Pelé não trabalhará como comentarista exclusivo de nenhuma emissora durante a Copa. Suas aparições na TV se limitarão ao "Pelé News", um boletim negociado com emissoras de 70 países, a ser gravado por uma produtora independente.

No papel
Com a proximidade da Copa, o futebol está virando febre em quadrinhos não só no Japão. A editora Via Lettera acaba de lançar no Brasil "Dez na Área, um na Banheira e Ninguém no Gol"", com 11 historinhas em quadrinhos sobre o esporte.

Título alheio
Wanderley Luxemburgo deixou um diretor do Corinthians irritado ao tentar convencê-lo de que ele -e não Carlos Alberto Parreira- é o maior responsável pelo sucesso do clube do Parque São Jorge nesta temporada. Argumentou que deu o time montado para seu sucessor.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Luiz Estevão, presidente do Brasiliense, ainda sobre a arbitragem na primeira partida da final da Copa do Brasil:
- Se for 0 a 0 [hoje], o Corinthians vai ser campeão só pelo que o senhor Simon [Carlos Eugênio] aprontou no Morumbi.

CONTRA-ATAQUE

A hora da estrela

Antes do treino de ontem na Espanha, os jogadores da seleção decidiram se aquecer com um "bobinho". Quem perdesse a bola tinha que ficar no meio da roda até recuperá-la, escutando as gozações e os gritos de ""olé" dos companheiros.
Estrela do time, Ronaldo recebeu a bola e, pressionado pelo "bobinho" da vez, acabou tocando-a, muito mal, diga-se de passagem, para ""ninguém".
Ela passou entre os atacantes Edílson e Kaká, que não teriam como alcançá-la.
Moral da história: Ronaldo foi chamado para ser o novo "bobinho". Só que o atleta da Inter decidiu se fazer de "bobo" e disse que o erro não foi dele -Edílson e Kaká que corressem atrás da bola e a recuperassem.
Um dos dois, portanto, e não ele, Ronaldo, que virasse o novo "bobinho".
Mais malandro do que o novato Kaká, caçula da seleção, Edílson avisou que não seria ele a pagar o mico. Se houve um culpado, foi o são-paulino. Sem graça, mas sem nenhuma culpa, Kaká dirigiu-se ao centro e se tornou o novo "bobo da corte".



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