São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 2006

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FUTEBOL

Time empata em casa, critica juiz, e Villar diz que posição não preocupa

Palmeiras sai do zero, mas ainda segura a lanterna

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras não conseguiu quebrar a seqüência de partidas sem vitórias, mas pela primeira vez em seis partidas -cinco delas no Brasileiro- saiu do gramado sem ter que explicar uma derrota. O time recebeu ontem o Cruzeiro no Parque Antarctica, empatou em 1 a 1 e marcou seu primeiro ponto no Nacional.
O resultado, no entanto, não foi o suficiente para que a equipe deixasse a lanterna da competição. O Palmeiras está um ponto atrás do Santa Cruz e a quatro pontos do Botafogo, o primeiro time fora da zona do rebaixamento.
Para o técnico Marcelo Vilar, porém, isso não é preocupante. "A situação preocuparia se não estivéssemos tomando atitudes visando sair dela."
Na avaliação de Vilar, a atuação palmeirense frente ao Cruzeiro foi superior às demais no torneio, principalmente porque, segundo o treinador interino, já houve uma melhora na condição física do atletas. "Ainda não é o ideal, mas já melhorou. E contra o Santa Cruz deve estar ainda melhor", disse Vilar, citando o próximo rival do Palmeiras, no domingo.
Já os jogadores saíram de campo lamentando. Não o resultado em si, mas sobretudo a atuação do árbitro Djalma Beltrami, que teria deixado de assinalar pelo menos dois pênaltis a favor do time da casa e evitado o primeiro triunfo palmeirense no Brasileiro.
"A gente não tem sorte com juiz. Quando estamos fazendo uma boa partida sempre tem alguém impedindo a gente", disse o zagueiro Gamarra. Já o atacante Edmundo, se queixou da zaga. "A gente sempre faz gol, mas sempre toma. Não adianta falar do juiz."
Até a torcida, que nos últimos jogos com sua equipe em casa não vinha sendo muito amistosa, saiu do Parque Antarctica sem criticar os jogadores. Protestos apenas contra a atuação de Paulo Baier- ele foi vaiado quando foi substituído- e para o diretor de futebol, Salvador Hugo Palaia, xingado no fim do jogo por torcedores das cadeiras cobertas.
Isso talvez porque o treinador tenha atendido a um pedido insistente de conselheiros, que vêem no time B a solução para algumas posições consideradas carentes no time principal.
Com isso, além de Thiago Gomes e Wendel, que já vinham sendo aproveitados na equipe, o volante Francis e o lateral-direito Ilsinho, também oriundos da equipe B, começaram como titulares.
Para essas alterações, Vilar escalou o Palmeiras com quatro volantes na primeira etapa, com Paulo Baier mais adiantado e Francis praticamente como um terceiro zagueiro, e liberou Ilsinho para apoiar, como um ala.
A alteração fez o Palmeiras ter dificuldades de armar o ataque pelo meio, mesmo com Edmundo, em má atuação, recuando para tentar ajudar.
O Cruzeiro aproveitou para sair na frente. Wagner aproveitou enfiada de Gil e marcou, aos 13min.
O empate palmeirense só viria aos 19min da etapa final, quando a torcida já pedia a entrada do colombiano Muñoz, apesar do domínio da partida. Washington aproveitou a bola que sobrou dentro da área após um cruzamento e anotou para o Palmeiras, que saiu do jogo com sensação de que ainda pode melhorar.


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