São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007

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Pentatlo dribla andaimes no seu teste para o Pan

Em meio a poeira e barulho, operários dividem espaço com Mundial militar

Atletas reclamam da falta de banheiro e água quente e manifestam preocupação em relação ao evento das Américas, em julho

Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
Operários trabalham nas obras do Complexo de Deodoro, uma das sedes do Pan, enquanto acontece o Mundial militar de pentatlo


SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Arenas inacabadas, operários trabalhando em ritmo acelerado, ruas sem calçamento, andaimes, barulho e muita poeira. Nesse cenário, atletas de vários países começaram ontem a disputar o Mundial Militar de Pentatlo Moderno no Complexo Esportivo de Deodoro, um dos palcos do Pan, que começará em menos de dois meses.
A confusão nos locais das provas surpreendeu até os competidores, que fizeram críticas. ""Está dando medo ver tudo isso ainda por fazer. Deus queira que fique tudo pronto", disse a pernambucana Yane Marques, 23, apontando para as obras no Centro Nacional de Hipismo. Principal atleta do país no pentatlo, ela venceu o Mundial na categoria aberto.
Na modalidade, os competidores disputam provas de tiro, esgrima, natação, hipismo e atletismo. Entre cada local, havia longos canteiros de obras.
""Os locais são bem grandiosos. Num estive num lugar [centro hípico] como este, mas falta um bocado. Nos dias anteriores [treinos], não tinha água, papel higiênico nem banheiro para os atletas", disse Larissa Lellys, segunda no Mundial.
O complexo de Deodoro vai custar cerca de R$ 90 milhões ao governo federal.
""Temo que quando o Pan estiver para começar, ainda vai ter operário pintando calçada", disse Yane, que também reclamou da água fria da piscina.
A assessoria de imprensa do Ministério do Esporte afirmou que Deodoro ficará pronto a tempo para a disputa do Pan. E a pasta vai avaliar a questão da temperatura da piscina.


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