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Em jejum, Federer aposta em vôo solo para voltar a triunfar
Suíço rompe com técnico australiano após acumular 4 torneios sem título
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem treinador, o suíço Roger
Federer vai tentar seu primeiro
título em Roland Garros e o
penta em Wimbledon.
O líder do ranking, que anunciou o rompimento com Tony
Roche no sábado após uma seqüência de quatro torneios sem
títulos, declarou ontem que
não pretende contratar um técnico num futuro próximo.
"Não vou escolher um técnico para Roland Garros e Wimbledon porque não quero ninguém interferindo na minha
preparação", disse Federer, 25.
Roland Garros começa no
próximo dia 27, e o Grand Slam
inglês, em 25 de junho.
Apesar de manter a liderança
do ranking com ampla vantagem sobre o segundo colocado
-soma 7.015 pontos contra
4.875 do espanhol Rafael Nadal-, Federer não está apresentando a mesma performance das últimas temporadas.
A última vez que Federer
amargou quatro torneios seguidos sem conseguir levantar um
troféu foi em 2003, quando ainda não era líder do ranking.
Neste ano, que ainda nem
chegou à metade, o suíço já acumula quatro derrotas, somente
uma a menos do que teve em
toda a temporada passada.
Mas Federer afirma que a
derrota para Felipe Volandri
nas oitavas-de-final do Masters
Series de Roma não foi a gota
d'água para romper com Roche.
"Era uma coisa em que já vinha pensando havia alguns meses", afirmou o suíço, que nesta
semana joga o Masters Series
de Hamburgo. "Foi uma decisão difícil, já que nós nos tornamos bons amigos e ele me ajudou muito nos últimos anos."
Ex-treinador de Ivan Lendl e
Patrick Rafter e campeão de
Roland Garros em 1966, o australiano Tony Roche iniciou a
parceria com Federer em 2005.
A idéia inicial do suíço era
que Roche o acompanhasse por
todo o circuito, mas o australiano não queria viajar tanto.
Acertaram então uma parceria que não exigisse dedicação
exclusiva do treinador.
"Ele era um técnico em tempo parcial. Nós só ficávamos
juntos 15 semanas por temporada e a distância não era uma
coisa fácil de lidar", afirmou o
número um sobre o seu ex-treinador, que despertou o interesse de seu compatriota Llyeton
Hewitt, ex-número um.
Disputar o circuito sem um
técnico ao lado não será novidade para Federer, que conquistou seis de seus dez Grand
Slams em parceria com Roche.
No fim de 2003, após conquistar seu primeiro Grand
Slam (Wimbledon) e terminar
a temporada como segundo
melhor do mundo, ele rompeu
com Peter Lundgren, seu amigo que o treinava desde 2000.
"Senti que deveria procurar
algo novo", afirmou na época.
E fez, sozinho, uma temporada fantástica. Conquistou três
dos quatro Grand Slams além
de outros oito torneios e pela
primeira vez terminou a temporada no topo do ranking.
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