São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Em jejum, Federer aposta em vôo solo para voltar a triunfar

Suíço rompe com técnico australiano após acumular 4 torneios sem título

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem treinador, o suíço Roger Federer vai tentar seu primeiro título em Roland Garros e o penta em Wimbledon.
O líder do ranking, que anunciou o rompimento com Tony Roche no sábado após uma seqüência de quatro torneios sem títulos, declarou ontem que não pretende contratar um técnico num futuro próximo.
"Não vou escolher um técnico para Roland Garros e Wimbledon porque não quero ninguém interferindo na minha preparação", disse Federer, 25.
Roland Garros começa no próximo dia 27, e o Grand Slam inglês, em 25 de junho.
Apesar de manter a liderança do ranking com ampla vantagem sobre o segundo colocado -soma 7.015 pontos contra 4.875 do espanhol Rafael Nadal-, Federer não está apresentando a mesma performance das últimas temporadas.
A última vez que Federer amargou quatro torneios seguidos sem conseguir levantar um troféu foi em 2003, quando ainda não era líder do ranking.
Neste ano, que ainda nem chegou à metade, o suíço já acumula quatro derrotas, somente uma a menos do que teve em toda a temporada passada.
Mas Federer afirma que a derrota para Felipe Volandri nas oitavas-de-final do Masters Series de Roma não foi a gota d'água para romper com Roche.
"Era uma coisa em que já vinha pensando havia alguns meses", afirmou o suíço, que nesta semana joga o Masters Series de Hamburgo. "Foi uma decisão difícil, já que nós nos tornamos bons amigos e ele me ajudou muito nos últimos anos."
Ex-treinador de Ivan Lendl e Patrick Rafter e campeão de Roland Garros em 1966, o australiano Tony Roche iniciou a parceria com Federer em 2005.
A idéia inicial do suíço era que Roche o acompanhasse por todo o circuito, mas o australiano não queria viajar tanto.
Acertaram então uma parceria que não exigisse dedicação exclusiva do treinador.
"Ele era um técnico em tempo parcial. Nós só ficávamos juntos 15 semanas por temporada e a distância não era uma coisa fácil de lidar", afirmou o número um sobre o seu ex-treinador, que despertou o interesse de seu compatriota Llyeton Hewitt, ex-número um.
Disputar o circuito sem um técnico ao lado não será novidade para Federer, que conquistou seis de seus dez Grand Slams em parceria com Roche.
No fim de 2003, após conquistar seu primeiro Grand Slam (Wimbledon) e terminar a temporada como segundo melhor do mundo, ele rompeu com Peter Lundgren, seu amigo que o treinava desde 2000.
"Senti que deveria procurar algo novo", afirmou na época.
E fez, sozinho, uma temporada fantástica. Conquistou três dos quatro Grand Slams além de outros oito torneios e pela primeira vez terminou a temporada no topo do ranking.


Texto Anterior: "Lewismania' causa corrida por ingressos
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.