São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011

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Final testa a solidão de Neymar

PAULISTA
Pela primeira vez, time faz jogo decisivo sem sua dupla

DO ENVIADO A SANTOS
DE SÃO PAULO


Neymar, 19, já provou muitas coisas na carreira. Hoje terá de mostrar que, mesmo sozinho, ele é o cara.
Se Ganso, 21, foi o personagem da decisão do Paulista do ano passado, tal responsabilidade, desta vez, deverá cair nos ombros de seu colega e companheiro de quarto.
A sensação será inédita para Neymar. Desde que virou titular, em 2009, esta será a primeira partida decisiva em que a equipe não terá a sua mais famosa dupla.
Ganso sofreu uma lesão muscular na coxa direita e só deve voltar em um mês.
O mesmo Ganso que, no Pacaembu, na final contra o Santo André, ano passado, protagonizou as cenas mais emblemáticas daquela tarde.
O Santos foi campeão, e o meia mostrou seu lado malandro ao cobrar curto um escanteio para ganhar tempo e se recusou a ser substituído pelo então técnico Dorival Jr.
"Perdemos tudo [com a contusão de Ganso]. Ele é um craque. Vamos trabalhar para que, quem entrar, consiga dar conta do recado", afirmou Neymar, destaque do time nesta temporada.
Mas pelo que tem jogado, o atacante dá mostras de que, com ou sem Ganso, poderá ser decisivo hoje.
Basta lembrar que, na partida de ida contra o Corinthians, no Pacaembu, Neymar, praticamente sozinho, infernizou a zaga rival com seus arranques -e ainda acertou duas bolas na trave.
O Datafolha atesta a evolução de Neymar. No Paulista do ano passado, ele recebia, em média, 4,4 faltas por jogo, e aplicava 4,9 dribles. Na atual edição, ele tem apanhado mais, e driblado ainda mais. São 6,3 faltas recebidas e 7,7 dribles, em média.
As polêmicas fora de campo talvez tenham ajudado Neymar a mudar sua postura. Não reclama tanto e, aparentemente, está caindo menos -encenações tiravam do sério seus adversários.
Na quarta-feira, contra o Once Caldas, pela Libertadores, Neymar novamente terá de ser decisivo sem a companhia de seu parceiro. Até lá, poderá chegar com a tarimba de quem, sozinho, comandou o Santos em um título.
(LUCAS REIS E MARTÍN FERNANDEZ)


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