São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011

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Sonho de criança

Divertido e engajado, Novak Djokovic está cada vez mais perto do topo do ranking de tênis e pode destronar Nadal, seu rival hoje em Roma

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Aos 4 anos, o sérvio Novak Djokovic já dizia que queria ser o número um do mundo. Agora, 19 anos depois, até o líder do ranking, Rafael Nadal, admite que é questão de tempo para que o sérvio chegue ao topo da lista.
Djokovic é um dos poucos a desafiar e furar o domínio imposto por Nadal e Roger Federer nos últimos anos.
Desde Wimbledon-2004, além da dupla, somente Djokovic (duas vezes) e o argentino Juan Martín del Potro venceram um Grand Slam. Desde fevereiro de 2004, Nadal e Federer se revezam no topo do ranking. Djokovic aparece credenciado para romper o longo duopólio com o mais perfeito início de temporada desde 1984, com 36 vitórias seguidas.
Ontem, ele superou Andy Murray (6/1, 3/6 e 7/6) na semi do Masters 1.000 de Roma. A final é hoje, às 11h15, contra Nadal, que bateu Richard Gasquet (7/5 e 6/1).
A realização do sonho de Djokovic coroaria a história de uma família de esportistas, que carrega o conceito até para os negócios.
A Family Sports é uma empresa que abrange três restaurantes, uma academia de tênis e vários produtos licenciados, de água a roupas. O tio Goran dirige o Torneio de Belgrado, que Djokovic venceu em 2011 e 2009. O pai , um tio e uma tia foram esquiadores, futuro que o pai queria para o filho. Mas o talento para o tênis era maior.
Jelena Gencic, ex-técnica da ex-número um Monica Seles, diz que nunca se esquecerá do dia em que um menino de quatro anos chegou à academia. "Perguntei o que ele queria ser quando crescesse, e ele não hesitou: "Número um do mundo". Mesma resposta de Seles quando era garotinha", disse Gencic.
Aos 12 anos, Djokovic foi para a academia de Niki Pilic, onde passou dois anos. Pôs a Sérvia no mapa do tênis ao virar top 20 em 2006. Terminou como o número três nas três temporadas seguintes.
Também se dedicava à Copa Davis e se mostrava ligado às questões políticas de seu país, como Kosovo.
Em 2010, Nole, como também é conhecido, liderou a Sérvia para o título inédito do torneio. Depois, com o time, cumpriu promessa e raspou o cabelo. Ali começou a invencibilidade que o faz ameaçar Nadal no ranking.
"O topo está mais perto, mas ainda há muito trabalho a ser feito", disse ele, famoso por imitar colegas. "Não esperava vencer tudo no início de 2011, mas é um longo processo. Todos os dias da vida eu dediquei ao esporte e agora está vindo o retorno."

NA TV

Nadal x Djokovic
11h15 Sportv 2


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