DA REPORTAGEM LOCAL

Marlon já tem 31 anos e só agora começa a ter chances reais na seleção. Firmar-se como titular, no entanto, não está entre suas prioridades.
O levantador chegou ao time nacional com uma missão bem clara: dar suporte e tranquilidade para Bruno ganhar rodagem e mostrar na seleção o que já faz em seu clube.
"Sei qual é o meu papel aqui, isso ficou bem claro. Vou ser o segundo ou talvez terceiro levantador [Raphael também está no grupo]. Tenho de dar suporte por ter mais anos de estrada, ajudar para que o Bruno tenha um crescimento rápido", afirmou.
Marlon assegura que a adaptação à nova função não tem sido difícil.
"No clube existe rivalidade, há uma disputa por posição. Aqui está sendo fácil. Sei do que o Bruno é capaz, e isso é uma oportunidade para nós dois crescermos", disse o atleta.
O levantador titular da nova seleção já está acostumado a ter o apoio de um levantador mais experiente em seu clube. No Florianópolis, é Joel, 38, quem ocupa esse papel.
"Você pode aprender com qualquer jogador. Mas um jogador mais experiente já passou por muito mais coisas e pode ficar mais fácil para ele falar algo para mim", disse o levantador da seleção.
Nos jogos no Ibirapuera, em vários pedidos de tempo, Marlon passou informações só para Bruno. O veterano também tentava sempre incentivar os demais companheiros.
"O Marlon me ajuda a toda hora, temos trocado muitas informações nos treinos e nos jogos", afirmou Bruno, ontem.
"Com ele, tenho a tranquilidade de saber que, se um dia eu não estiver bem, ele poderá entrar e manter o nível. O mesmo pode acontecer se estiverem marcando muito o meu jogo", completou. (ML)


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