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Brasil espia rival em fita VHS "ruim"
Imagem não permitiu "ver muita
coisa" de coreanos, relata Grafite
DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
Quando Brasil e Coreia do
Norte foram sorteados para o
mesmo grupo na Copa de
2010, no final do ano passado, Dunga dizia que iria procurar na internet informações sobre o misterioso rival.
Mas o atacante Grafite, o
último a entrar no grupo do
treinador, entregou que a
busca por conteúdo a respeito do modesto asiático não
foi assim tão moderna.
"O Dunga nos mostrou
uma fita, mas não deu para
ver muita coisa. Era uma fita
de videocassete que não estava muito boa, a imagem era
ruim", contou Grafite. Como
outros colegas, reconheceu
não saber quase nada sobre o
primeiro rival no Mundial.
Novato, o atacante do
Wolfsburg foi sincero sobre
como é difícil saber algo sobre a Coreia do Norte. Isso é
"quase impossível", disse,
porque eles não têm "nenhuma tradição" no futebol.
Já seus colegas de time divergiram sobre o adversário
da estreia. Alguns dizem saber o suficiente sobre o jogo
dos norte-coreanos. Outros
esperam que Dunga ainda
passe mais detalhes.
"Já temos bastante informação para esse jogo", disse
o lateral Daniel Alves, principal candidato a entrar no time durante a partida.
Mas o lateral Michel Bastos "desautorizou" o colega.
"A gente só viu uma parte do
jogo contra a Nigéria [na semana passada]. Fizemos os
últimos treinos pensando
nesse time, mas vamos esperar [instruções de Dunga]."
Alguns ainda pintaram a
Coreia do Norte, na 105ª posição no ranking da Fifa, como
um adversário de peso. "A
gente sabe que é um time de
qualidade", afirmou o meia-atacante Júlio Baptista.
PREPARAÇÃO ESPECIAL
"É um time que se fecha e
sai [para o ataque] em muita
velocidade. Teremos que encontrar uma forma para superar isso", analisou Dunga.
O treinador gastou a maior
parte do tempo desde que o
Brasil chegou à África, no dia
21 de maio, treinando o time
para um jogo com as características do confronto de hoje.
Ele fez a equipe trocar a característica de esperar o rival
no seu campo e partir para o
contra-ataque por uma pressão no campo adversário, tática mais indicada em jogos
contra oponentes modestos.
A seleção ainda fez dois
amistosos diante de rivais de
nível técnico similar ao da
Coreia do Norte: Zimbábue
(110º colocado na lista da Fifa) e Tanzânia (108ª).
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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