São Paulo, terça-feira, 15 de junho de 2010

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Itália para no Paraguai em jogo gelado

Atual campeã do mundo só empata; gols saem em lances de bola parada

Itália 1
De Rossi, aos 18min do 2º tempo


Paraguai 1
Alcaraz, aos 39min do 1º tempo

DO ENVIADO À CIDADE DO CABO

O que será que Arsène Wenger achou do empate por 1 a 1 de Itália e Paraguai no Green Point, ontem?
O refinado técnico do Arsenal, fã de jogadores jovens e habilidosos, estava na tribuna de imprensa no estádio da Cidade do Cabo e viu um jogo frio, definido na bola parada ou, como é melhor dizer agora, na Jabulani parada.
A temperatura na hora da partida era de 9C, mas a sensação térmica, de 6C, segundo site especializado no clima local. Pior que isso, a chuva ajudou a esfriar a partida e os torcedores, que abandonaram as cadeiras atrás de um dos gols, pois o vento levava a água gelada até eles.
Sem Totti, sem Del Piero, sem um grande craque, a Itália foi a campo com alguns poucos remanescentes do tetra em 2006: Buffon no gol, Zambrotta na lateral direita, o "Capitano" Cannavaro, além de De Rossi e Iaquinta, que entraram contra a França na final em Berlim e agora são titulares da Azzurra.
O futebol, taticamente, até que foi parecido com o de quatro anos atrás. O 4-2-3-1 da moda tinha por trás Marcello Lippi, ainda invicto em Copa depois desse empate.
Melhor para o Paraguai, embora o empate com a atual detentora do título só não tenha sido vitória sul-americana devido a uma falha do goleiro Villar em um escanteio.
Se os paraguaios abriram o placar aos 39min do primeiro tempo numa cobrança de falta de Torres que encontrou a cabeça de Alcaraz na área, os italianos anotaram aos 18min da etapa final com De Rossi, depois de um tiro de canto cobrado por Pepe.
No gol paraguaio, Alcaraz subiu entre Cannavaro e De Rossi. Um confiou no outro, e ambos levaram uma dura do arqueiro Buffon, que saiu no intervalo, deixando a Azzurra campeã mundial um pouco mais desfigurada -Marchetti, do Cagliari, entrou no lugar do camisa 1.
Mesmo com mais posse de bola, a Itália tinha dificuldade para criar chances de gol com Iaquinta e Pepe jogando abertos e Gilardino como centroavante -no final, ele deu lugar a Di Natale, que pouco acrescentou.
"Contra uma equipe como a Itália, não se pode errar. Quando jogamos contra times com mais recursos técnicos, precisamos fazer um jogo coletivo perfeito. Empatamos com uma equipe de tradição e agora temos dois jogos para tentar avançar de fase", afirmou o técnico do Paraguai, Gerardo Marino.
Ah, quer saber o que Arsène Wenger achou?
"Não foi um jogo feio, foi normal. Não foi excitante. A Itália tomou a iniciativa, teve chances para sair em vantagem e melhorou quando foi para o 4-4-2. Ela mereceu o empate", comentou o francês à Folha.
(RODRIGO BUENO)


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