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Itália para no Paraguai em jogo gelado
Atual campeã do mundo só empata; gols saem em lances de bola parada
Itália 1
De Rossi, aos 18min do 2º tempo
Paraguai 1
Alcaraz, aos 39min do 1º tempo
DO ENVIADO À CIDADE DO CABO
O que será que Arsène
Wenger achou do empate por
1 a 1 de Itália e Paraguai no
Green Point, ontem?
O refinado técnico do Arsenal, fã de jogadores jovens
e habilidosos, estava na tribuna de imprensa no estádio
da Cidade do Cabo e viu um
jogo frio, definido na bola parada ou, como é melhor dizer
agora, na Jabulani parada.
A temperatura na hora da
partida era de 9C, mas a sensação térmica, de 6C, segundo site especializado no clima local. Pior que isso, a chuva ajudou a esfriar a partida e
os torcedores, que abandonaram as cadeiras atrás de
um dos gols, pois o vento levava a água gelada até eles.
Sem Totti, sem Del Piero,
sem um grande craque, a Itália foi a campo com alguns
poucos remanescentes do tetra em 2006: Buffon no gol,
Zambrotta na lateral direita,
o "Capitano" Cannavaro,
além de De Rossi e Iaquinta,
que entraram contra a França na final em Berlim e agora
são titulares da Azzurra.
O futebol, taticamente, até
que foi parecido com o de
quatro anos atrás. O 4-2-3-1
da moda tinha por trás Marcello Lippi, ainda invicto em
Copa depois desse empate.
Melhor para o Paraguai,
embora o empate com a atual
detentora do título só não tenha sido vitória sul-americana devido a uma falha do goleiro Villar em um escanteio.
Se os paraguaios abriram o
placar aos 39min do primeiro
tempo numa cobrança de falta de Torres que encontrou a
cabeça de Alcaraz na área,
os italianos anotaram aos
18min da etapa final com De
Rossi, depois de um tiro de
canto cobrado por Pepe.
No gol paraguaio, Alcaraz
subiu entre Cannavaro e De
Rossi. Um confiou no outro, e
ambos levaram uma dura do
arqueiro Buffon, que saiu no
intervalo, deixando a Azzurra campeã mundial um pouco mais desfigurada -Marchetti, do Cagliari, entrou no
lugar do camisa 1.
Mesmo com mais posse de
bola, a Itália tinha dificuldade para criar chances de gol
com Iaquinta e Pepe jogando
abertos e Gilardino como
centroavante -no final, ele
deu lugar a Di Natale, que
pouco acrescentou.
"Contra uma equipe como
a Itália, não se pode errar.
Quando jogamos contra times com mais recursos técnicos, precisamos fazer um jogo coletivo perfeito. Empatamos com uma equipe de tradição e agora temos dois jogos para tentar avançar de fase", afirmou o técnico do Paraguai, Gerardo Marino.
Ah, quer saber o que Arsène Wenger achou?
"Não foi um jogo feio, foi
normal. Não foi excitante. A
Itália tomou a iniciativa, teve
chances para sair em vantagem e melhorou quando foi
para o 4-4-2. Ela mereceu o
empate", comentou o francês à Folha.
(RODRIGO BUENO)
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