São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 2011

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Final com história

Peñarol e Santos decidem outra Libertadores, e Muricy aposta em Neymar para fazer a diferença

Wesley Santos/Folhapress
Neymar no desembarque do Santos em Montevidéu

LEONARDO LOURENÇO
LUCAS FERRAZ
ENVIADOS ESPECIAIS A MONTEVIDÉU

No gramado do histórico Centenario, palco da primeira decisão de Copa do Mundo, em 1930, hoje estarão sete títulos da Libertadores.
Santos, dono de duas taças, e Peñarol, que coleciona cinco troféus, reeditam o primeiro clássico das Américas às 21h50 na partida de ida das finais da competição.
O time uruguaio venceu as duas primeiras edições do torneio, em 1960 e 1961. No ano seguinte, chegou novamente à decisão, mas esbarrou numa equipe cuja escalação é cantada até hoje como a maior de todas.
Gilmar, Lima, Mauro, Dalmão, Zito, Calvet, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Os 11 pararam o time do Peñarol para dar ao Santos a primeira Libertadores de um clube brasileiro.
Desde quando fizeram a semifinal em 1965, com vitória uruguaia, os times não se enfrentaram na competição.
O Santos engrenou com a chegada do técnico Muricy Ramalho após um início muito ruim no torneio -quase foi eliminado ainda na fase de grupos. Neymar, em momento brilhante, faz o time ser apontado como favorito.
"Estou muito feliz de chegar na final logo da minha primeira Libertadores e espero que ela marque na minha vida como campeão", declarou o atacante depois do treino de ontem no Centenario.
Muricy conta com mais uma noite inspirada do camisa 11. "Claro que o esporte é coletivo, mas é importante ter um diferente no time. Às vezes, as coisas não vão bem e ele pode fazer a diferença."
O Peñarol, que se afastou das grandes decisões nos últimos tempos, chegou à final numa campanha irregular.
Nos mata-matas, aproveitou a força da torcida em casa para obter bons resultados e segurar a classificação fora.
"Eles pressionam muito o adversário, mas não podemos ficar atrás e aceitar a pressão", afirmou o técnico.
Pelé, que esteve em campo só no último jogo da final de 62 e que na segunda visitou os santistas em treino, pediu respeito ao Peñarol. "[Os uruguaios] são times guerreiros, lutam até o último minuto."
"Estou pronto pra fazer história como o Pelé fez, ganhando a Libertadores", completou Neymar. "Estamos todos dispostos a isso."
"Vai ser difícil, mas vamos chegar lá", confia o ex-camisa 10, maior responsável pelas duas estrelas que encimam o escudo do Santos. A terceira, se vier, pode ir para a conta de Neymar, 19, dois anos mais novo que o maior ídolo da história do Santos quando conquistou sua primeira Libertadores.

NA TV
Peñarol x Santos
21h50 Globo, Bandsports, Sportv e Sportv HD


FOLHA.com
veja a trajetória do Santos na Libertadores
folha.com/ es929830


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