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Muricy tenta evitar deslize do São Paulo antes da Libertadores
Diante o Figueirense, técnico força foco no Nacional e quer gol de bola parada
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo é o melhor paulista no Brasileiro (está em terceiro lugar). É a única equipe
com 100% de aproveitamento
em casa. Com 23 pontos, está a
um dos líderes Cruzeiro e Inter
e pode arrebatar o topo de forma provisória caso vença hoje.
Mas, para não ser surpreendido pelo Figueirense, às 18h10
no Morumbi, o treinador Muricy Ramalho ordena que seus
atletas encarem os catarinenses como time de ponta.
"O Figueirense é uma equipe
sem grandes estrelas, mas que
se movimenta muito. Tem
bons valores e um ótimo conjunto. E, pela campanha que
vem desenvolvendo, mostra o
que pode fazer mesmo jogando
em São Paulo", disse Muricy.
E o treinador sabe bem o que
está falando. Se o São Paulo
amedronta seus rivais quando
os enfrenta no Morumbi, o time catarinense tem provado
que está pronto para jogar em
qualquer lugar. Venceu o Internacional em Porto Alegre por 4
a 2 e derrotou o Botafogo também como vistante pelo placar
de 3 a 2. "Eles saem para o jogo
e fazem muitos gols. Temos que
ter cuidado. Entrar e impor logo o nosso ritmo na partida."
O histórico contra os paulistas também é positivo. Depois
de um 6 a 1 no Palmeiras e um 2
a 1 no Santos, a queda só veio
contra um rival do interior, a
Ponte Preta: revés de 3 a 0.
No São Paulo, com o 3-5-2
mantido, as mudanças aparecem na defesa, onde Lugano ganha a companhia de Edcarlos e
André Dias. "Alguns jogadores
voltam para ganhar ritmo [Edcarlos], mas todos estão acostumados. O esquema já está decorado, só mudamos as peças",
completou o técnico.
Para Edcarlos, a volta vai ser
importante. "Poder jogar de
novo, no Morumbi, dá mais
confiança. E o momento da
equipe ajuda também."
Na ala esquerda, Lúcio entra
na vaga de Júnior, que sentiu o
tornozelo e está fora. Na frente,
o ataque segue por conta de
Thiago e Ricardo Oliveira.
Ao ser questionado se o jogo
contra o Figueirense, que soma
18 pontos e está em sétimo lugar, seria um teste para a partida do meio de semana, contra o
Estudiantes, pela Libertadores,
Muricy estabeleceu um divisor
de águas no assunto.
"Não, o que está em jogo é o
Campeonato Brasileiro. Não
podemos ficar pensando na
quarta. É outro clima", falou.
Uma das cartas na manga de
Muricy para o confronto de hoje vai ser a bola parada. "Faz
tempo que não fazemos um gol
dessa maneira. A não ser nas
cobranças de falta do Rogério.
Na Copa, vimos que esse tipo de
jogada pode ser decisiva."
E, no Brasileiro, o São Paulo
está devendo no fundamento.
O time só marcou uma vez de
falta, nos 4 a 0 contra o Santa
Cruz, na terceira rodada. O goleiro Rogério foi o autor do gol.
Diante dessa deficiência, o
atacante Ricardo Oliveira já se
apresentou para fazer sombra
ao guarda-meta são-paulino.
"Também tenho esse dom e
posso bater faltas e pênaltis. O
cobrador oficial continua sendo o Rogério, mas, se o Muricy
precisar, estarei pronto."
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