São Paulo, sábado, 15 de julho de 2006

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Muricy tenta evitar deslize do São Paulo antes da Libertadores

Diante o Figueirense, técnico força foco no Nacional e quer gol de bola parada

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo é o melhor paulista no Brasileiro (está em terceiro lugar). É a única equipe com 100% de aproveitamento em casa. Com 23 pontos, está a um dos líderes Cruzeiro e Inter e pode arrebatar o topo de forma provisória caso vença hoje.
Mas, para não ser surpreendido pelo Figueirense, às 18h10 no Morumbi, o treinador Muricy Ramalho ordena que seus atletas encarem os catarinenses como time de ponta.
"O Figueirense é uma equipe sem grandes estrelas, mas que se movimenta muito. Tem bons valores e um ótimo conjunto. E, pela campanha que vem desenvolvendo, mostra o que pode fazer mesmo jogando em São Paulo", disse Muricy.
E o treinador sabe bem o que está falando. Se o São Paulo amedronta seus rivais quando os enfrenta no Morumbi, o time catarinense tem provado que está pronto para jogar em qualquer lugar. Venceu o Internacional em Porto Alegre por 4 a 2 e derrotou o Botafogo também como vistante pelo placar de 3 a 2. "Eles saem para o jogo e fazem muitos gols. Temos que ter cuidado. Entrar e impor logo o nosso ritmo na partida."
O histórico contra os paulistas também é positivo. Depois de um 6 a 1 no Palmeiras e um 2 a 1 no Santos, a queda só veio contra um rival do interior, a Ponte Preta: revés de 3 a 0.
No São Paulo, com o 3-5-2 mantido, as mudanças aparecem na defesa, onde Lugano ganha a companhia de Edcarlos e André Dias. "Alguns jogadores voltam para ganhar ritmo [Edcarlos], mas todos estão acostumados. O esquema já está decorado, só mudamos as peças", completou o técnico.
Para Edcarlos, a volta vai ser importante. "Poder jogar de novo, no Morumbi, dá mais confiança. E o momento da equipe ajuda também."
Na ala esquerda, Lúcio entra na vaga de Júnior, que sentiu o tornozelo e está fora. Na frente, o ataque segue por conta de Thiago e Ricardo Oliveira.
Ao ser questionado se o jogo contra o Figueirense, que soma 18 pontos e está em sétimo lugar, seria um teste para a partida do meio de semana, contra o Estudiantes, pela Libertadores, Muricy estabeleceu um divisor de águas no assunto.
"Não, o que está em jogo é o Campeonato Brasileiro. Não podemos ficar pensando na quarta. É outro clima", falou.
Uma das cartas na manga de Muricy para o confronto de hoje vai ser a bola parada. "Faz tempo que não fazemos um gol dessa maneira. A não ser nas cobranças de falta do Rogério. Na Copa, vimos que esse tipo de jogada pode ser decisiva."
E, no Brasileiro, o São Paulo está devendo no fundamento. O time só marcou uma vez de falta, nos 4 a 0 contra o Santa Cruz, na terceira rodada. O goleiro Rogério foi o autor do gol.
Diante dessa deficiência, o atacante Ricardo Oliveira já se apresentou para fazer sombra ao guarda-meta são-paulino.
"Também tenho esse dom e posso bater faltas e pênaltis. O cobrador oficial continua sendo o Rogério, mas, se o Muricy precisar, estarei pronto."


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