São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2010 |
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JUCA KFOURI O torneio da aldeia
SIM, O BRASILEIRÃO não é um campeonato melhor do que a Copa do Mundo, mas é sim um campeonato melhor do que a Copa do Mundo, porque a Copa do Mundo não é o campeonato do Brasil. E não só por isso ou pela lembrança de que não há nada mais universal do que a esquina da rua em que a gente mora. É também porque Brasileirão é o que está aí, ao nosso alcance. Embora seja mais um desejo do que até uma esperança, quem sabe o jogo mais arejado dos novos campeões mundiais refresque as ideias do futebol brasileiro, e tenhamos de volta a preocupação em também dar espetáculo. Quem sabe, ainda, os talentos mais jovens sejam prestigiados, em vez de olhados com desconfiança. E que todos se convençam de que o antijogo e a violência não só conduzem às derrotas, como afastam o torcedor do estádio. Porque esta foi outra lição da final da Copa, quando a Holanda saiu de seus cuidados e abusou em todos os sentidos, menos na arte de jogar, até então sua reconhecida marca registrada. Mais que nunca ficou demonstrada a falácia do argumento dos que defendem o jogo feio, mas bem-sucedido, porque a Holanda, que perdeu jogando bonito duas vezes (74 e 78), agora perdeu jogando feio na final. E é claro que nem seria preciso mencionar a Holanda, porque a seleção brasileira conhece bem essa história nas vitórias e derrotas, jogando bonito ou feio. Enfim, estamos aí, diante da nossa realidade e começando, com atraso, a nos preparar para receber o mundo do futebol em quatro anos. Que o mal- -estar entre os presidentes da República e da CBF se aprofunde, no sentido de que a mais alta autoridade do país, agora e depois da sucessão, não se curve aos interesses menores de quem sabota, por exemplo, um equipamento como o do Morumbi para fazer a sua festa particular. A hora é esta. Hora de definir se será uma festa brasileira ou dos grupelhos que assaltaram o poder em nosso esporte não é de hoje. O que vale também, e na mesma medida, para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, cartão de visitas do Brasil. Porque, quando se anuncia que Ricardo Teixeira e Carlos Nuzman selaram a paz entre eles, não há motivos para comemorar, ao contrário, devemos nos preocupar. E Lula sabe disso tão bem que sabe antes mesmo de ser o presidente da República. E ninguém me contou. Ouvi dele, mais de uma vez. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Há ingressos também no Parque Antarctica Próximo Texto: À la Fúria, Santos marca por pressão Índice |
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