São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2010

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Obra de Maracanã-14 se arrasta

Governo recebe hoje propostas de interessados na reforma, sem data para iniciar projeto

CIRILO JUNIOR
DO RIO

Previsto para o fim do ano passado, continua indefinido o fechamento do Maracanã para o início das obras de reforma. O estádio é o provável palco da final da Copa-2014. Hoje o governo do Rio recebe as propostas dos consórcios interessados na obra.
Após a entrega, será anunciada uma data para a qualificação dos consórcios, uma espécie de "nada consta" dessas empresas -as "aprovadas" seguirão na disputa.
Depois, nova data será marcada para selecionar quem se enquadrou no projeto técnico da obra.
Posteriormente, um novo anúncio, com a avaliação das propostas financeiras, vai determinar quem vai fazer a reforma do Maracanã.
Após cada etapa, os consórcios eliminados terão até cinco dias para recorrer.
O secretário de Obras, Hudson Braga, mostrou-se otimista e afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que todos os trâmites do processo deverão ser finalizados em até duas semanas.
A secretaria informou ainda que não há data prevista para o fechamento do Maracanã e para o início das obras, mas a expectativa é a de que o estádio deixe de abrigar jogos do Campeonato Brasileiro em meados de agosto. A definição será feita junto à companhia que vencer a licitação. Ao todo, 43 empresas retiraram o edital.
A reforma tem duração total prevista de dois anos e meio, e, mesmo em meio às indefinições, o governo do Rio garante que entrega o novo Maracanã até o 31 de dezembro de 2012.
O edital foi lançado com nove meses de atraso, no dia 5 de junho. Inicialmente previsto para setembro de 2009, teve três adiamentos por contestações da Fifa ao projeto. De acordo com o calendário estipulado pela entidade máxima do futebol, as obras do Maracanã deveriam ter começado em março.
Além dos atrasos nos prazos, os custos da reforma da arena carioca sobem cada vez que o projeto é revisto. A estimativa inicial era que as obras de reforma demandassem R$ 430 milhões.
Em abril, uma revisão elevou o custo da obra para R$ 600 milhões. A reforma aprovada pela Fifa prevê custo total de R$ 720 milhões.
Desde 1999, o estádio passou por duas reformas, que consumiram R$ 300 milhões.
Dos R$ 720 milhões previstos, R$ 400 milhões deverão ser financiados pelo BNDES. De olho no uso dos recursos do banco estatal, o Ministério Público Federal criou uma comissão para acompanhar a licitação das obras nas 12 cidades-sedes da Copa-14.


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