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Obra de Maracanã-14 se arrasta
Governo recebe hoje propostas de interessados na reforma, sem data para iniciar projeto
CIRILO JUNIOR
DO RIO
Previsto para o fim do ano
passado, continua indefinido o fechamento do Maracanã para o início das obras de
reforma. O estádio é o provável palco da final da Copa-2014. Hoje o governo do Rio
recebe as propostas dos consórcios interessados na obra.
Após a entrega, será anunciada uma data para a qualificação dos consórcios, uma
espécie de "nada consta"
dessas empresas -as "aprovadas" seguirão na disputa.
Depois, nova data será
marcada para selecionar
quem se enquadrou no projeto técnico da obra.
Posteriormente, um novo
anúncio, com a avaliação das
propostas financeiras, vai
determinar quem vai fazer a
reforma do Maracanã.
Após cada etapa, os consórcios eliminados terão até
cinco dias para recorrer.
O secretário de Obras,
Hudson Braga, mostrou-se
otimista e afirmou, por meio
de sua assessoria de imprensa, que todos os trâmites do
processo deverão ser finalizados em até duas semanas.
A secretaria informou ainda que não há data prevista
para o fechamento do Maracanã e para o início das
obras, mas a expectativa é a
de que o estádio deixe de
abrigar jogos do Campeonato Brasileiro em meados de
agosto. A definição será feita
junto à companhia que vencer a licitação. Ao todo, 43
empresas retiraram o edital.
A reforma tem duração total prevista de dois anos e
meio, e, mesmo em meio às
indefinições, o governo do
Rio garante que entrega o
novo Maracanã até o 31 de
dezembro de 2012.
O edital foi lançado com
nove meses de atraso, no dia
5 de junho. Inicialmente previsto para setembro de 2009,
teve três adiamentos por contestações da Fifa ao projeto.
De acordo com o calendário
estipulado pela entidade máxima do futebol, as obras do
Maracanã deveriam ter começado em março.
Além dos atrasos nos prazos, os custos da reforma da
arena carioca sobem cada
vez que o projeto é revisto.
A estimativa inicial era que
as obras de reforma demandassem R$ 430 milhões.
Em abril, uma revisão elevou o custo da obra para R$
600 milhões. A reforma aprovada pela Fifa prevê custo total de R$ 720 milhões.
Desde 1999, o estádio passou por duas reformas, que
consumiram R$ 300 milhões.
Dos R$ 720 milhões previstos, R$ 400 milhões deverão
ser financiados pelo BNDES.
De olho no uso dos recursos
do banco estatal, o Ministério
Público Federal criou uma
comissão para acompanhar
a licitação das obras nas 12 cidades-sedes da Copa-14.
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