São Paulo, terça-feira, 15 de agosto de 2006

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Decisão soluciona inadimplência do Internacional

MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

Se, no domingo, as filas ao redor do Beira-Rio eram de torcedores desesperados pelos poucos ingressos à venda, ontem um movimento mais calmo, mas ininterrupto, era formado por sócios tentando resolver a vida com o Internacional. A um empate do maior momento de sua história, o clube teve na final da Libertadores a solução para a inadimplência dos sócios. Até a semana passada, dos 40 mil sócios, apenas 2.000, mais ou menos, ainda deviam mensalidades ao clube. Com direito garantido ao ingresso da final para quem está em dia com a mensalidade de R$ 30 (no caso mais barato), o número continua em queda livre. Até ontem, pouco mais de 300 ainda estavam em atraso. E a fila não parou até as 18h. "Até quarta-feira, o sócio que estiver inadimplente até 11 meses pode resolver a sua vida aqui", afirma Edu Pesce Filho, gerente de marketing do clube. Com 12 meses de atraso, o sócio é imediatamente desligado. "Alguns pagam até R$ 600 para resolver as dívidas e ver o jogo." Na loja do clube, o movimento não era tão grande. Mas o diretor de marketing e vendas da Reebok, Tulio Formicola Filho, não tem do que reclamar. Sua empresa fornece os uniformes dos dois times da final desde dezembro do ano passado. "Vendemos 72 mil camisas do Inter neste ano. Não temos uma expectativa de quantas podemos vender, mas sei que não poderíamos ter voltado ao futebol de um jeito melhor." Em campo, o Internacional não terá novamente o ala-direito Elder Granja amanhã. O jogador sente dores na panturrilha direita, está vetado dos treinamento e será substituído por Ceará, que já jogou na quarta-feira passada, no Morumbi. Para o lugar de Fabinho (expulso em São Paulo), dois jogadores disputam posição, e os dois se recuperam de lesões: Índio sofreu uma torção no tornozelo, e Wellington Monteiro faz recondicionamento muscular. Os dois terão condições de jogo. A opção entre um ou outro será técnica. A preocupação dos dirigentes e da comissão técnica é evitar o excesso de confiança. Entre os torcedores, o discurso tem sido triunfalista.


Colaborou LÉO GERCHMANN , da Agência Folha, em Porto Alegre


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