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Decisão soluciona inadimplência do Internacional
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Se, no domingo, as filas ao redor do Beira-Rio eram de torcedores desesperados pelos poucos ingressos à venda, ontem
um movimento mais calmo,
mas ininterrupto, era formado
por sócios tentando resolver a
vida com o Internacional.
A um empate do maior momento de sua história, o clube
teve na final da Libertadores a
solução para a inadimplência
dos sócios. Até a semana passada, dos 40 mil sócios, apenas
2.000, mais ou menos, ainda
deviam mensalidades ao clube.
Com direito garantido ao ingresso da final para quem está
em dia com a mensalidade de
R$ 30 (no caso mais barato), o
número continua em queda livre. Até ontem, pouco mais de
300 ainda estavam em atraso. E
a fila não parou até as 18h.
"Até quarta-feira, o sócio que
estiver inadimplente até 11 meses pode resolver a sua vida
aqui", afirma Edu Pesce Filho,
gerente de marketing do clube.
Com 12 meses de atraso, o sócio
é imediatamente desligado.
"Alguns pagam até R$ 600 para
resolver as dívidas e ver o jogo."
Na loja do clube, o movimento não era tão grande. Mas o diretor de marketing e vendas da
Reebok, Tulio Formicola Filho,
não tem do que reclamar. Sua
empresa fornece os uniformes
dos dois times da final desde
dezembro do ano passado.
"Vendemos 72 mil camisas
do Inter neste ano. Não temos
uma expectativa de quantas podemos vender, mas sei que não
poderíamos ter voltado ao futebol de um jeito melhor."
Em campo, o Internacional
não terá novamente o ala-direito Elder Granja amanhã. O jogador sente dores na panturrilha direita, está vetado dos treinamento e será substituído por
Ceará, que já jogou na quarta-feira passada, no Morumbi.
Para o lugar de Fabinho (expulso em São Paulo), dois jogadores disputam posição, e os
dois se recuperam de lesões:
Índio sofreu uma torção no tornozelo, e Wellington Monteiro
faz recondicionamento muscular. Os dois terão condições de
jogo. A opção entre um ou outro será técnica.
A preocupação dos dirigentes e da comissão técnica é evitar o excesso de confiança. Entre os torcedores, o discurso
tem sido triunfalista.
Colaborou LÉO GERCHMANN , da
Agência Folha, em Porto Alegre
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