São Paulo, quarta-feira, 15 de agosto de 2007

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Dívida com impostos sobe desde 2005

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Desde a edição da primeira medida provisória sobre a Timemania, em 2005, os grandes clubes de futebol continuaram a não pagar parte dos impostos e receberam novas autuações fiscais. Assim, a dívida fiscal dos times cresceu no período.
A partir de 2003, quando houve as primeiras promessas do governo de fazer a loteria, já aumentaram os débitos com a União.
Maior devedor entre os clubes, o Flamengo deixou de pagar alguns impostos desde o início do processo de tramitação da loteria.
"Aconteceu. Tem coisas atrasadas, tem coisas pagas. Nossos advogados estão preparando os documentos para fazer a confissão de dívida", contou o presidente do clube, Márcio Braga.
Ao justificar a falta de pagamento de alguns impostos, o cartola confessou que contava que eles fossem incluídos na loteria. Mas lembrou que o clube terá de pagar à vista os atrasados a partir de setembro de 2006, data-limite da inclusão de dívidas.
De 2005 até o ano passado, o débito fiscal do Flamengo cresceu em R$ 15 milhões, chegando a R$ 141 milhões. No mesmo período, houve aumento de R$ 4 milhões na dívida do Grêmio -agora, é de R$ 58 milhões. Mas não foi por falta de pagamento, segundo seus dirigentes.
"O Grêmio é, talvez, o único do clube do Brasil que começou a recolher 100% dos impostos", contou o vice de planejamento, Eduardo Antonini. "A maior parte não pagou, isso é público."
Foi o caso do rival Internacional, cuja diretoria também admitiu que atrasou impostos. E informou que tem pendências de 2004 e 2005.
Outro que viu suas obrigações fiscais crescerem em 2006 foi o Palmeiras. Já o São Paulo sofreu uma notificação fiscal no final de 2005. O clube contesta a cobrança e espera não pagar nada. Outros casos de ações fiscais no período aparecem nas contas dos grandes clubes.


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