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Inglês se abre para o mundo ver
Em 20 anos, houve aumento de 682% no número de estrangeiros, se considerados os 20 times da elite
Com o investimento pesado do Manchester City e a saída de Cristiano Ronaldo, liga ganha equilíbrio, o que falta em torneios concorrentes
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é só para inglês ver.
O Campeonato Inglês começa hoje sua temporada tendo
como grande atração a globalização e o equilíbrio dos times.
Há 20 anos, quando ainda
não havia sido criada a badalada Premier League, os 20 times
que disputam nesta temporada
a primeira divisão tinham conjuntamente 34 jogadores não
britânicos. Na edição que começa hoje, são 266 forasteiros,
de todos os continentes.
Na temporada 1989/1990,
por exemplo, não havia asiático
jogando, ninguém contava com
atleta da América do Norte em
seu elenco, não tinha nenhum
brasileiro atuando. O atacante
Mirandinha, um pioneiro ao se
transferir 1987 para o Newcastle, saiu no início de 1989.
Se houve aumento de 682,3%
de gringos em duas décadas nos
clubes que hoje estão na elite
da Inglaterra, caiu 41,3% o número de jogadores britânicos
nessas equipes, que antes encontravam barreiras na legislação e no conservadorismo para
contratar estrangeiros.
Hoje, alguns dos principais
times contam com treinadores
e proprietários de outras nacionalidades. O Chelsea, do magnata russo Roman Abramovich, após uma experiência infeliz com o técnico brasileiro
Luiz Felipe Scolari, agora aposta no italiano Carlo Ancelotti.
Franceses (Arsène Wenger)
e espanhóis (Rafael Benítez e
Roberto Martínez) já vêm dando boa contribuição nos últimos anos para a internacionalização e a consequente mudança de estilo de jogo dos clubes.
Um campeonato nacional
que começou a ser disputado
em 1889 pensando só no mercado interno ficou isolado por
quase um século até se transformar, a partir de 1992, num
fenômeno de mídia e de marketing dos tempos modernos.
Em época de crise global, a liga terá agora um grande teste.
Exceção feita ao Manchester
City, que é bancado pelo Abu
Dhabi United Group, os clubes
não investiram tão pesado como nas últimas temporadas. O
time que levou Robinho em
2008 gastou agora mais de R$
270 milhões em reforços.
Mas, se o Manchester United
perdeu o português Cristiano
Ronaldo (mas ganhou 94 milhões, recorde mundial em
uma transação) e o Liverpool
ficou sem o espanhol Xabi
Alonso (também foi para o Real
Madrid), o equilíbrio volta a
imperar na terra da rainha.
Após o tricampeonato conquistado pela equipe de Sir
Alex Ferguson, pelo menos
cinco times ousam lutar pelo
topo. Não há outra liga nacional europeia com tal "plus".
NA TV - Chelsea x Hull City
ESPN Brasil, ao vivo, às 8h45
NA TV - Blackburn x Manc. City
ESPN, ao vivo, às 11h
NA TV - Everton x Arsenal
ESPN Brasil, ao vivo, às 13h30
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