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Acusados por tragédia na Bahia são absolvidos
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
A Justiça da Bahia absolveu
ontem os dois acusados pela
morte de sete pessoas no desabamento de parte da arquibancada da Fonte Nova, em Salvador, em novembro de 2007.
O Ministério Público Estadual, responsável pela ação,
ainda pode recorrer da decisão.
O acidente ocorreu no jogo
Bahia x Vila Nova-GO, que sacramentou o acesso do time
nordestino da Série C à Série B,
com público pagante de 60.007
torcedores. Sete pessoas morreram e 87 ficaram feridas.
A Polícia Civil chegou a indiciar cinco pessoas. A Justiça só
acatou a denúncia contra duas:
Raimundo Nonato Tavares, o
ex-jogador Bobô, diretor da Superintendência de Desportos
do Estado da Bahia, que administrava o estádio, e o engenheiro Nilo Santos Júnior, à
época funcionário do órgão.
Os dois foram acusados de
má condução na solução dos
problemas estruturais do estádio. Eles também foram absolvidos da acusação de que uma
verba de R$ 1,6 milhão foi usada indevidamente para realização de obras de fachada.
De acordo com a decisão do
juiz José Reginaldo Nogueira,
não houve provas suficientes
para condenar os acusados.
O governo estadual aprovou
uma lei para pagar pensão especial às famílias dos mortos,
mas apenas duas delas foram
contempladas até agora.
Com a lei, o Estado pagará
aos beneficiários das três mulheres que morreram uma pensão até o 76º aniversário de cada uma. Os herdeiros dos quatro homens mortos terão direito à pensão até o 68º aniversário das vítimas do acidente.
Desde a tragédia, a Fonte Nova, principal arena do Estado,
nunca mais abrigou jogos de futebol. O Bahia, que costumeiramente mandava seus jogos no
local, contou com o auxílio do
governo do Estado, que reformou o estádio Pituaçu.
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), chegou a
anunciar a demolição da Fonte
Nova, mas a arena será reformada e usada durante a Copa
do Mundo do Brasil, em 2014.
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