São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 2011

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Sem nocaute

Corinthians só empata em casa com o Ceará e, embora ainda permaneça na liderança, perde chance de ficar em posição mais cômoda

Corinthians 2
Paulinho, aos 25min, e Alex, aos 31min do 1º tempo

Ceará 2
Osvaldo, aos 30min do 1º tempo, e Rudinei, aos 40min do 2º tempo


MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O Corinthians ainda é o líder do Campeonato Brasileiro. Mas perdeu ontem uma grande chance de se colocar numa posição mais cômoda. Na rodada em que Flamengo e São Paulo, seus principais perseguidores, só empataram, o Corinthians perdeu dois pontos em casa para o Ceará. E isso depois de ter a partida sob controle.
Corinthians e Flamengo estão com 34 pontos, mas o time paulista tem mais vitórias. O São Paulo é o terceiro, com 32. O Vasco, quarto, tem 30.
O jogo contra o Ceará foi o centésimo do técnico Tite no Corinthians -esta é sua segunda passagem pelo clube. O próximo adversário é o Atlético-MG, quarta-feira.
O Corinthians exibiu as virtudes e defeitos que marcam o trabalho do treinador. O time teve paciência para tocar a bola e envolver o Ceará. Mas não teve contundência para nocautear o adversário.
O plano do Ceará para o jogo ficou claro assim que o goleiro Diego se dedicou a fazer cera logo nos primeiros minutos. Um empate era tudo que os visitantes queriam.
O gol do Corinthians só demorou a sair porque Willian perdeu uma oportunidade clara aos 13min. O camisa 7 recebeu de Alex e, livre, chutou em cima de Diego.
O Corinthians tocava sem afobação, como Tite costuma pedir. E assim abriu o placar. A bola saiu de Jorge Henrique para Paulinho, para Danilo, que devolveu para Paulinho dominar e chutar forte: 1 a 0.
O Ceará só empatou graças a uma rara falha conjunta dos zagueiros Chicão e Leandro Castán. Os dois não decidiram qual deles cortaria uma bola que chegou na área, e Osvaldo aproveitou para tocar na saída da Júlio César.
O time da casa reagiu de forma imediata. Assim que o jogo foi reiniciado, Alex acertou um chute espetacular, de muito longe. A bola foi no ângulo direito de Diego.
O golaço do camisa 12 esgotou toda a inspiração corintiana. O time de Tite passou o resto do primeiro tempo esperando pelo intervalo. E o segundo tempo inteiro esperando pelo fim da partida.
A entrada de Liedson foi festejada pela torcida, mas não mudou em nada o jogo.
Faltavam 10 minutos para o fim e os quase 30 mil corintianos no Pacaembu faziam festa, se dedicavam à "ola".
As notícias que vinham de Florianópolis e do Rio só ajudavam: o Flamengo empatava com o Figueirense, o Palmeiras perdia para o Vasco.
E então o Ceará se deu conta de que era possível tirar pontos do Corinthians e estragar a festa no Pacaembu. Marcelo Nicácio teve um gol anulado por impedimento.
Aos 40min, após um escanteio da direita, Rudinei aproveitou o bate-rebate na pequena área e empurrou para as redes. Os torcedores começaram a ir embora. Quem ficou foi para vaiar o time.
O Corinthians conquistou só seis pontos nos últimos 18 que disputou. "Mas é o líder, foi líder o campeonato inteiro", disse um Tite abalado após a partida no Pacaembu.
"Não estou abatido, estou triste, irritado até. Porque queria retribuir o carinho que recebi antes do jogo, do clube e da minha família, e não consegui", afirmou o técnico.

Corinthians
Júlio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Ramon (Welder); Ralf, Paulinho, Danilo (Emerson) e Alex; Jorge Henrique e Willian (Liedson)
T.: TiteCeará

Ceará
Diego; Boiadeiro, Fabrício, Anderson Luis (Edmilson) e Egídio; Michel, Heleno, Rudnei e Felipe Azevedo (Marcelo Nicácio); Osvaldo e Roger (Washington)
T.: Vágner Mancini

Estádio: Pacaembu / Árbitro: Paulo Godoy Bezerra (SC) / Renda: R$ 896.739,50 / Público: 26.762 pagantes


FOLHA.com

Videográfico mostra como será o Itaquerão e o entorno do estádio
folha.com/no958883


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