São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002

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FUTEBOL

Vai começar a brincadeira

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

R eal Madrid (leia-se Zidane, Ronaldo, Figo, Roberto Carlos, Raúl, Hierro, Cambiasso...), Milan (Shevchenko, Rivaldo, Rui Costa, Serginho, Maldini, Seedorf, Nesta, Roque Júnior...), Manchester (Beckham, Verón, Van Nistelrooij, Barthez, Roy Keane, Giggs, Ferdinand...), Bayern (Kahn, Ballack, Élber, Lizarazu...) e pelo menos mais 20 ""seleções" abrem nesta semana a Champions League (Copa dos Campeões).
O principal torneio interclubes do planeta é um show quase tão bom quanto a Copa do Mundo.
Só nesta terça-feira, o dia inaugural da liga, teremos, entre outros, Valencia x Liverpool, Roma x Real Madrid, Arsenal x Borussia Dortmund. Na quarta-feira, um dia mais fraco, a tabela mostra, por exemplo, Bayern x La Coruña e Feyenoord x Juventus.
Tão fácil quanto legal. São oito grupos (até agora, só havia rolado fase eliminatória). Avançam os dois primeiros de cada chave. Cada jogo é tão bacana quanto decisivo. Para não perder muito tempo, vamos logo aos grupos:
A: Arsenal, Auxerre, Borussia e PSV. No papel, a seleção de Henry, Bergkamp, Kanu e Gilberto Silva é a melhor. Mas o Auxerre, o ""patinho feio", carrega um pouco de Senegal (Faye e Fadiga), além do ótimo Cissé. O Borussia tem boa trupe brasileira, e o PSV foi preparado por Guus Hiddink.
B: Valencia, Basel, Liverpool e Spartak. Foi-se o tempo em que o time espanhol era coadjuvante. Argentinizado com Kily González, Aimar e Ayala, é um conjunto. O time dos Beatles, porém, ataca ""só" com Owen e Diouf (o Serial Killer). Entre a zebra russa e a suíça, fique com a primeira.
C: Roma, Genk, Real Madrid e AEK. Os italianos possuem um ótimo time e um vitorioso técnico. Os espanhóis têm qualquer coisa menos um time (e um técnico simples que distribui camisas). Os belgas e os gregos vão tentar a Copa da Uefa (o terceiro de cada grupo ""cai" para o outro torneio).
D: Ajax, Rosenborg, Inter e Lyon. Talvez, o mais equilibrado. A tradicional fábrica de jogadores holandeses hoje é um exército estrangeiro (com Vans der Vaart e der Meyde). A gloriosa equipe de Milão é atualmente um time seco de títulos. Rosenborg e Lyon são exemplos de ascendentes.
E: Dinamo, Feyenoord, Newcastle e Juventus. A força de Kiev, mesmo sem Shevchenko, merece respeito. O segundo grande holandês ostenta título mundial como o primeiro grande italiano (Buffon, Thuram, Nedved, Del Piero, Salas, Trezeguet...). E o chuveirinho inglês (Shearer) vive.
F: Manchester, Olympiakos, Maccabi Haifa e Bayer Leverkusen. A rivalidade entre ingleses e alemães em alta. A péssima rivalidade entre israelenses e algumas outras nacionalidades em alta voltagem. Os gregos (como está na história) são aptos a oferecer surpresa desagradável aos rivais.
G: Bayern, Milan, La Coruña e Lens. Osso duro. A nova constelação de Berlusconi pode não avançar. A base vice-campeã da Copa também deve sofrer nas mãos dos competitivos Naybet, Mauro Silva, Valerón, Makaay e Tristán e nos pés dos senegaleses do time francês (Sarr, Diop e Faye).
H: Barcelona, Lokomotiv, Brugge e Galatasaray. Van Gaal, como nos últimos tempos, deve deixar a disputa meio igual mesmo dirigindo um esquadrão (Riquelme, Saviola, Kluivert...). Os turcos (Davala, Sas, Erdem e Unsal) saem bem como poucos da Copa. Russos e belgas são imprevisíveis.

Copa dos Campeões

Os técnicos na Europa estão pedindo algumas mudanças no torneio. Querem aumentar o número de craques no banco (aumentar de seis para nove o número de reservas). Pedem uma uniformização no tamanho dos campos e também na preparação dos gramados. Estão sugerindo que uma bola apenas seja usada na competição (geralmente, o time mandante põe a bola de seu patrocinador).

Campeonato Italiano

Os times que mais investiram em craques para esta temporada: Inter ( 90,7 milhões), Juventus ( 65,6 mi) e Milan ( 63,3 mi). Os que mais receberam grana em transações: Inter ( 110 mi), Lazio ( 67,7 mi) e Parma () 60,2 mi). Os que mais lucraram entre compra e venda: Lazio ( 43,2 mi), Empoli ( 20,7 mi) e Inter ( 19,3 mi). A RAI vai pagar 62 milhões por ano (até 2005) para mostrar os melhores momentos da Série A e as partidas da Copa da Itália. Os valores em relação ao contrato passado caíram 30%.

E-mail rbueno@folhasp.com.br

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