|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Kia fala a jornal inglês que não gerencia mais MSI
"Eu fui o gerente da companhia, mas não comento mais sobre ela", afirmou o presidente da parceria ao "Guardian'
Empresa não comenta o assunto e diz que iraniano ainda é oficialmente o chefe; corintianos dizem esperar o anúncio da saída
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
Kia Joorabchian falou mais
uma vez, agora de forma mais
contundente, sobre sua saída
da MSI. Em entrevista ao diário
britânico "The Guardian", ele
admitiu não mais fazer parte da
empresa que controla o futebol
do Corinthians. "Eu fui o gerente da companhia, mas não
posso mais comentar sobre a
MSI", disse o iraniano.
A reportagem do "Guardian"
abordou a investigação de autoridades brasileiras à parceria
entre o fundo de investimentos
e o clube brasileiro.
Lembra que o grupo representado por Kia e interessado
na compra do time londrino
West Ham, para onde foram os
ex-corintianos Tevez e Mascherano, é suspeito de usar o
futebol para lavar dinheiro, como apontou relatório do Ministério Público de São Paulo.
A investigação, agora, está a
cargo do Ministério Público
Federal. Ao "Guardian", Kia
negou qualquer irregularidade
e se recusou a fornecer o nome
dos investidores da MSI.
A assessoria de imprensa da
empresa não quis comentar a
declaração de Kia ao diário.
Mas, segundo a Folha apurou, Kia deve deixar oficialmente o negócio. Seus aliados
dizem que o nome dele ainda
consta como presidente da
MSI Licenciamentos no certificado de registro da empresa
na Junta Comercial de São
Paulo. Paulo Angioni, homem
de Kia para o futebol, retirou
seu nome da empresa.
Em Londres, o presidente do
Corinthians, Alberto Dualib,
não ficou surpreso com a declaração de Kia. Ele diz que o iraniano já está fora do negócio e
que só aguarda um comunicado oficial. Segundo ele, a participação de Kia nas reuniões em
Londres restringe-se a tentar
solucionar problemas gerados
durante sua gestão, como o caso do atacante Nilmar, que está
sem contrato com o clube.
Pessoas ligadas ao iraniano,
que deixou o Brasil há mais de
três meses, dão outra versão.
Contam que o comportamento
de Kia em relação à empresa
não mudou. Ele continua telefonando para saber do time e
fala com freqüência com Angioni e Cilson Fischer, funcionário da MSI (Media Sport Investment) que cuida de questões financeiras da parceria.
Kia tem comentado que, se
sair oficialmente, não será por
decisão do presidente corintiano, mas por vontade própria.
O destino de Kia, que assumiu os negócios de sua família
em decorrência da morte de
seu pai recentemente, pode ser
o West Ham. O iraniano ofereceu cerca de R$ 843 milhões
pela compra do clube no ano
passado. Segundo o "Guardian", uma nova proposta deve
ser feita em breve.
A repentina ida de Tevez e
Mascherano para o clube londrino e a possibilidade de aquisição da equipe por Kia intrigou a Uefa. O presidente da entidade que comanda o futebol
europeu, Lennart Johansson,
classificou o negócio como "estranho" e defendeu investigação por parte das autoridades.
Texto Anterior: Xico Sá: Vestidos para matar Próximo Texto: Respiro: Time reclama, e Leão dá folga Índice
|