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Palmeiras vence e vira inimigo nº 1 do Grêmio
Gol de Diego Souza e atuação impecável da defesa derrubam o Cruzeiro em BH
Cruzeiro 0
Palmeiras 1
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Impecável, a defesa palmeirense segurou o Cruzeiro, ontem à tarde, no Mineirão. Preciso, o meia Diego Souza fez o
gol que colocou os paulistas na
cola do líder do Brasileiro-08.
Com 46 pontos, a equipe fica
a três do Grêmio, derrotado anteontem pelo Goiás e que terá
missão mais dura que a de seu
rival na próxima rodada. Encara o Atlético-PR fora de casa. O
Palmeiras, por sua vez, recebe o
Vasco no Parque Antarctica.
Antes da 26ª rodada do Nacional, porém, paulistas e cariocas decidem na quarta-feira
a vaga na Copa Sul-Americana.
No jogo de ida, o Vasco ganhou
por 3 a 1, em São Januário.
O Cruzeiro caiu para a terceira colocação, com 43 pontos.
No próximo domingo, vai a Florianópolis pegar o Figueirense.
A preocupação palmeirense
com a velocidade do rival foi
justificada quando o estreante
Thiago Ribeiro arriscou de fora
da área aos 15 segundos de jogo.
Se por um lado a conclusão
não assustou Marcos, por outro
mostrou que os donos da casa
vinham fortes para a decisão.
Em compensação, os treinos
táticos realizados pelo técnico
Vanderlei Luxemburgo durante a semana, em Atibaia, focados na marcação ao estilo de jogo cruzeirense deram certo.
O zagueiro Maurício, mais leve que Gladstone -preterido
por Luxemburgo- foi quase
perfeito nos botes a Wagner e
Ramires, os principais armadores da equipe mineira.
Foram 95 desarmes palmeirenses em todo o confronto, de
acordo com o Datafolha, sendo
15 deles de Maurício, o principal "ladrão" do time alviverde.
O problema foi que, com
pouco mais de 20min de partida, tanto ele quanto o outro zagueiro, Gustavo, já haviam levado o cartão amarelo e tiveram de deixar um pouco mais
de espaço para o adversário.
Martinez, que atuou improvisado atrás, deu qualidade na
saída de bola. Apenas Léo Lima,
um pouco perdido no meio-campo, virou motivo de iradas
críticas de Luxemburgo captadas pelos microfones da TV.
A aplicação tática na defesa
também rendeu frutos ofensivos para os visitantes, que atuaram sem Kléber e Alex Mineiro, ambos suspensos.
Lenny, traído pela baixa estatura (1,71 m), não conseguiu cabecear o cruzamento de Élder
Granja que o encontrou livre na
área mineira, aos 31min.
Diego Souza, porém, não só
conseguiu alcançar a bola tocada por Sandro Silva, aos 43min,
como ainda a matou duas vezes
no peito antes de chutar com
estilo para abrir o marcador.
"Tivemos um vacilo no final
que não podemos ter", alertou
o autor do gol no intervalo. Ele
se referia à conclusão de Wagner, três minutos depois do seu
tento, que por pouco não empatou o confronto no Mineirão.
O Palmeiras vacilou pela segunda vez quando Lenny, em
carrinho infantil no zagueiro
Thiago Martinelli, aos 15min da
segunda etapa, acabou levando
o segundo cartão amarelo e foi
expulso, deixando o time com
um jogador menos em campo.
Fechado de vez na defesa, o
clube paulista passou os 30 minutos restantes suportando a
pressão do Cruzeiro, que encontrava enorme dificuldade
para entrar na área do rival.
Da forma como começou,
com o chute de Thiago Ribeiro,
o Cruzeiro fechou o jogo. Mesmo mais forte, o arremate parou de novo nas mãos de Marcos. "Criamos, mas não fizemos
os gols", lamentou Ramires. O
Cruzeiro chutou 16 vezes (quatro vezes mais que o Palmeiras), mas apenas cinco corretas.
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