São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Palmeiras vence e vira inimigo nº 1 do Grêmio

Gol de Diego Souza e atuação impecável da defesa derrubam o Cruzeiro em BH

Cruzeiro 0
Palmeiras 1


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Impecável, a defesa palmeirense segurou o Cruzeiro, ontem à tarde, no Mineirão. Preciso, o meia Diego Souza fez o gol que colocou os paulistas na cola do líder do Brasileiro-08.
Com 46 pontos, a equipe fica a três do Grêmio, derrotado anteontem pelo Goiás e que terá missão mais dura que a de seu rival na próxima rodada. Encara o Atlético-PR fora de casa. O Palmeiras, por sua vez, recebe o Vasco no Parque Antarctica.
Antes da 26ª rodada do Nacional, porém, paulistas e cariocas decidem na quarta-feira a vaga na Copa Sul-Americana. No jogo de ida, o Vasco ganhou por 3 a 1, em São Januário.
O Cruzeiro caiu para a terceira colocação, com 43 pontos. No próximo domingo, vai a Florianópolis pegar o Figueirense.
A preocupação palmeirense com a velocidade do rival foi justificada quando o estreante Thiago Ribeiro arriscou de fora da área aos 15 segundos de jogo.
Se por um lado a conclusão não assustou Marcos, por outro mostrou que os donos da casa vinham fortes para a decisão.
Em compensação, os treinos táticos realizados pelo técnico Vanderlei Luxemburgo durante a semana, em Atibaia, focados na marcação ao estilo de jogo cruzeirense deram certo.
O zagueiro Maurício, mais leve que Gladstone -preterido por Luxemburgo- foi quase perfeito nos botes a Wagner e Ramires, os principais armadores da equipe mineira.
Foram 95 desarmes palmeirenses em todo o confronto, de acordo com o Datafolha, sendo 15 deles de Maurício, o principal "ladrão" do time alviverde.
O problema foi que, com pouco mais de 20min de partida, tanto ele quanto o outro zagueiro, Gustavo, já haviam levado o cartão amarelo e tiveram de deixar um pouco mais de espaço para o adversário.
Martinez, que atuou improvisado atrás, deu qualidade na saída de bola. Apenas Léo Lima, um pouco perdido no meio-campo, virou motivo de iradas críticas de Luxemburgo captadas pelos microfones da TV.
A aplicação tática na defesa também rendeu frutos ofensivos para os visitantes, que atuaram sem Kléber e Alex Mineiro, ambos suspensos.
Lenny, traído pela baixa estatura (1,71 m), não conseguiu cabecear o cruzamento de Élder Granja que o encontrou livre na área mineira, aos 31min.
Diego Souza, porém, não só conseguiu alcançar a bola tocada por Sandro Silva, aos 43min, como ainda a matou duas vezes no peito antes de chutar com estilo para abrir o marcador.
"Tivemos um vacilo no final que não podemos ter", alertou o autor do gol no intervalo. Ele se referia à conclusão de Wagner, três minutos depois do seu tento, que por pouco não empatou o confronto no Mineirão.
O Palmeiras vacilou pela segunda vez quando Lenny, em carrinho infantil no zagueiro Thiago Martinelli, aos 15min da segunda etapa, acabou levando o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando o time com um jogador menos em campo.
Fechado de vez na defesa, o clube paulista passou os 30 minutos restantes suportando a pressão do Cruzeiro, que encontrava enorme dificuldade para entrar na área do rival.
Da forma como começou, com o chute de Thiago Ribeiro, o Cruzeiro fechou o jogo. Mesmo mais forte, o arremate parou de novo nas mãos de Marcos. "Criamos, mas não fizemos os gols", lamentou Ramires. O Cruzeiro chutou 16 vezes (quatro vezes mais que o Palmeiras), mas apenas cinco corretas.


Texto Anterior: São Paulo respira, e Rio perde fôlego no Brasileiro
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.