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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO - paulovinicius@uol.com.br
Gol de centroavante
ADÍLSON BATISTA duvidou, ao saber, no início da semana, que
Luxemburgo treinava Diego
Souza como atacante, para
substituir os suspensos Alex
Mineiro e Kléber: "Ele não vai
fazer isso, porque o Diego
Souza não tem velocidade".
Adílson pagou para ver e
perdeu. Mas a primeira vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro no Mineirão em 34 anos
não foi conquistada pelo ataque. Veio da defesa.
No meio do primeira etapa,
o estreante Thiago Ribeiro
começou a ganhar o duelo
com Martinez, escalado como
terceiro zagueiro para marcá-lo. Thiago saía da área, e Martinez não o acompanhava. No
espaço que sobrava, o Cruzeiro criava chances de gol.
O Palmeiras não mudou a
marcação, enquanto Luxemburgo não se levantou do banco, esgoelando-se. Pedia que
Léo Lima invertesse com
Martinez. Léo marcaria Thiago Ribeiro. Martinez e Gustavo cuidariam de Wagner, que
se infiltrava como atacante.
No fim do primeiro tempo,
com a marcação finalmente
acertada, o Palmeiras começou a sair pelos lados do campo, até o cruzamento de Sandro Silva alcançar Diego Souza. Gol típico de centroavante.
Há tempos, Luxemburgo
devia atuação à altura de
quem é chamado de "o melhor técnico do Brasil". Ontem, viu seu time ser massacrado no segundo tempo, mas
teve dois momentos de brilho:
a aposta em Diego Souza e a
mudança na defesa.
Não que Diego Souza fosse
o substituto perfeito para
Alex Mineiro e Kléber. A opção de Luxemburgo se deve à
carência de reservas.
Quando faltam Alex Mineiro e Kléber, autores de 46%
dos gols da equipe, as únicas
opções são Jorge Preá e Thiago Cunha, ex-Iraty. Luxemburgo testou Thiago Cunha
nos primeiros treinos da semana. Percebeu que o elenco
mais caro do Brasileirão não
tem reserva para a 9. O jeito
era improvisar Diego Souza.
Nas cinco campanhas de título brasileiro, Luxemburgo
teve momentos surpreendentes. Em 93, recuou Evair para
o meio-campo e escalou Edmundo e Edílson como atacantes. Em 94, barrou Amaral
e transformou Flávio Conceição em titular. No Mineirão, a
aposta não parecia consistente. Mas é o gol de centroavante de Diego Souza que deixa o
Palmeiras na rota do título.
O LÍDER PÁRA
O melhor aproveitamento
nesse critério não é mais do
Grêmio, líder. O Palmeiras
marcou 37% de seus gols de
bola parada, contra 34% dos
gremistas. Diante do Goiás,
no Olímpico, o time de Celso
Roth confiou em Souza como homem de criatividade e
deu espaços para os contra-ataques do rival. Caiu.
O SÃO PAULO ANDA
Uma diferença entre o São
Paulo bicampeão de 2006/
2007 para o atual é o aproveitamento de bola parada.
Dos seis mais bem colocados
na tabela, o tricolor paulista
é quem registra o índice mais
baixo: 17%. Contra o Flamengo, no Morumbi, o São
Paulo ganhou a partida com
dois gols de bola rolando.
VOLANTE
Luiz Felipe Scolari foi o homem que transformou Belletti em lateral-direito campeão do mundo, em 2002.
Agora, impediu a transferência de seu velho pupilo do
Chelsea para o Benfica e faz Belletti voltar às origens.
Com a lesão de Essien, é como volante que Felipão tem
aproveitado o campeão mundial pela seleção brasileira.
Seu time joga com um volante só, três meias e problemas
táticos que Belletti pode resolver se for o segundo volante.
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