São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

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JOSÉ GERALDO COUTO

Ao alcance da mão



O grande vencedor da rodada foi o Palmeiras, mas vários outros continuam no páreo, inclusive o São Paulo


NADA COMO uma derrota do líder no sábado para esquentar um domingo repleto de "jogos de seis pontos".
E quem aproveitou melhor o tropeço do Grêmio foi o Palmeiras, com uma grande vitória sobre o Cruzeiro no Mineirão. Agora tem o líder ao alcance da mão -ou dos pés. O passo alviverde foi gigantesco, se levarmos em conta que o seu triunfo foi fora de casa, desfalcado de seus dois atacantes titulares (Kléber e Alex Mineiro) e com um jogador a menos durante boa parte do segundo tempo.
A luta pelo título está totalmente em aberto, até porque o Grêmio dá sinais de ter perdido o gás.

Tricolor no páreo
Se o Palmeiras foi heróico, o São Paulo passou pelo Flamengo de modo categórico no Morumbi.
Um belo jogo, franco, com muita movimentação, poucas faltas, lances perigosos de parte a parte. O que fez a diferença a favor do tricolor, além da melhor organização em campo, foi a atuação de Hernanes, hoje o meio-campista mais completo do Brasil.
O jogo de ontem foi um "pocket show" do rapaz, exibindo um pouco de seus talentos: marcou, lançou, apresentou-se na área adversária, chutou a gol. Ditou o ritmo, cadenciando ou acelerando o jogo segundo a conveniência do time.
E, apesar de uma certa fragilidade defensiva evidenciada ontem, quando jogadores do Flamengo estiveram várias vezes cara a cara com Rogério Ceni, eu insisto: o São Paulo está no páreo.

Alívio santista
No "jogo de seis pontos" da rabeira da tabela, o Santos do bravo Kléber Pereira afundou o Flu e, de quebra, jogou outro carioca, o Vasco, na zona de rebaixamento. Resta saber se o Peixe vai manter a reação.

Gols da rodada
Não vi todos os gols da rodada, mas os que mais me encantaram foram o de Diego Souza, do Palmeiras, e o segundo do Náutico contra o Vasco em São Januário.
Neste último, Willian fez uma jogada brilhante, dando um meio chapéu num adversário e driblando mais dois na área antes de cruzar para a conclusão de Ruy. Já Diego Souza, aproveitando-se da "linha burra" da defesa cruzeirense, amorteceu no peito em dois tempos um cruzamento e fuzilou o goleiro Fábio.
Se o São Paulo depende de Hernanes para desenvolver todas as suas potencialidades, o mesmo se pode dizer do Palmeiras com relação a Diego Souza, jogador com o qual cheguei a ser injusto aqui no início da temporada, acusando-o de se julgar melhor do que de fato é.
Hoje me rendo: o meia palmeirense é bom mesmo.

Resistência heróica
Não há apenas vitórias e empates heróicos, mas também derrotas.
A do Barueri para o Corinthians, no sábado no Pacaembu, foi uma delas. Depois de resistir bravamente, com dois jogadores a menos, à pressão corintiana, o time foi castigado com um gol aos 50min do segundo tempo. O chute espetacular de André Santos foi como um raio de Zeus fulminando a ousadia dos visitantes.

jgcouto@uol.com.br


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