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Palmeiras de Scolari bate mais
Com o técnico, time, que visita o Grêmio hoje, amplia número de faltas e tem mais expulsos
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
A falta de qualidade na
execução dos fundamentos
do futebol é uma das principais reclamações do técnico
Luiz Felipe Scolari em relação ao elenco do Palmeiras.
Uma de suas missões tem sido instruí-los para melhorar.
Mas, após 13 partidas, o
treinador só conseguiu ensinar o Palmeiras a marcar forte e bater. Ofensivamente,
seu impacto foi quase nulo.
É o que mostra a comparação dos números do Datafolha do time sob o comando
de Scolari e antes dele.
Desde sua estreia, na nona
rodada do Brasileiro, o Palmeiras tem média de desarmes de 135,1 por jogo. É o melhor no fundamento. E bem
acima dos 114,4 obtidos nas
oito partidas anteriores.
Essa pegada palmeirense,
característica dos times de
Scolari, reflete-se em uma
maior violência em campo.
A média de faltas por jogo
do Palmeiras com o atual técnico é de 20 por jogo. Um
crescimento em relação às
15,1 por partida das gestões
anteriores, quando o time era
um dos que menos batiam.
Assim, a equipe é mais punida pelos árbitros. Com o
novo treinador, o Palmeiras é
o time com o maior número
de expulsos no período -são
cinco. Antes dele, só um. A
média de cartões amarelos
também subiu. Era de 1,75
por jogo e atingiu 2,2 agora.
Scolari vê no adversário de
hoje, o Grêmio, um time também bastante pegador.
"A principal dificuldade,
naturalmente, é a qualidade
do Grêmio, o ressurgimento
do estilo gaúcho que o Renato [treinador] imprime no
Grêmio atualmente e que já
está obtendo resultados",
disse ele ao site do clube.
Se conseguiu implantar a
marcação forte no Palmeiras,
Scolari não melhorou o desempenho nos fundamentos
ofensivos em sua equipe.
O acerto de passes se manteve estável, em torno de
79%, um desempenho apenas mediano no geral.
A pontaria até piorou: era
de 40,5% e caiu para 36,4%
de conclusões certas no gol.
E são poucas as finalizações,
em torno de 12 por jogo. O
Palmeiras até tem boa média
de acerto de cruzamentos,
25,2%, mas tenta pouco a jogada em relação aos rivais.
"A segunda grande dificuldade [para pegar o Grêmio] é a nossa ansiedade por
vitórias, por gols, que nos faz
cometer erros que não cometeríamos se estivéssemos em
posição boa na tabela. Isso é
que nós vamos ter que superar", analisou o treinador.
Fora a parte técnica, o jogo
tem um elemento emocional
para Scolari. Voltará ao Olímpico, onde se consagrou,
após dez anos -dirigiu o Cruzeiro, em 2000, na arena.
Admitiu que até sua família é dividida entre gremistas
e palmeirenses. Para voltar a
reviver boas emoções no time
alviverde, Scolari terá de se
acertar com o fator técnico.
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