São Paulo, domingo, 15 de outubro de 2006

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Antes de GP, F-1 curte sol e praia no Brasil

Pilotos aproveitam 2 semanas entre Japão e São Paulo para visitar o litoral

Estreante em Interlagos, alemão Nico Rosberg teve de driblar receios do pai, o ex-campeão Keke, para ter aval para conhecer o Rio

Jorge Araujo/Folha Imagem
Funcionários trabalham em Interlagos, daqui a uma semana receberá o GP Brasil de F-1


FÁBIO SEIXAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um batalhão de gente bronzeada invadirá Interlagos nos próximos dias. Gente que passou os últimos dias no Rio de Janeiro, em resorts pelo Nordeste, no litoral norte de São Paulo. Gente que faz a F-1.
Aproveitando as duas semanas de intervalo entre a corrida do Japão, no dia 8, e a etapa de São Paulo, no próximo domingo, pilotos e outros integrantes de escuderias da categoria lançaram-se em empreitadas turísticas por praias brasileiras.
No rol de justificativas para a folga prolongada, a necessidade de adaptação ao fuso horário de 12 horas e a pouca importância dos testes da semana passada para a maioria das equipes.
Entre os pilotos, o pole position foi Mark Webber. O australiano desembarcou no país na quarta, acompanhado da mulher e do preparador físico.
O destino, uma praia mantida em sigilo pela Williams. O objetivo, aprimorar a forma para disputar, em novembro, o Tasmania Challenge, corrida de aventura de 600 quilômetros e seis dias que ele organiza.
"Neste ano a corrida vai ser de verdade, com 12 times muito bons e com trechos cronometrados. Vai exigir muito condicionamento físico e mental", disse Webber, que em 2003 promoveu um "ensaio" do evento, com só seis equipes.
Seu companheiro de Williams chegou logo depois ao Brasil. O alemão Nico Rosberg pisou no Rio na quinta-feira após uma epopéia para convencer o pai a deixá-lo visitar a cidade. Campeão mundial em 82 e com sete participações em GPs Brasil -seis delas em Jacarepaguá-, Keke estava preocupado com a segurança do filho.
O ex-piloto chegou a vetar sua primeira opção de hospedagem, o Copacabana Palace, por entender que a região é perigosa para turistas estrangeiros. O hotel Intercontinental, em São Conrado, ao lado da favela da Rocinha, também foi proibido. Para arrancar o aval paterno à viagem, Nico precisou ficar na Barra da Tijuca.
A maioria dos pilotos seguiu o exemplo de Webber e preferiu manter discrição quanto ao destino. Outros, como Alexander Wurz, viajarão após a corrida -no caso do austríaco, para Fortaleza. E pelo menos dois optaram por outros países. Ralf Schumacher passou os últimos dias na Argentina praticando o hobby predileto, a caça. Scott Speed foi para San Jose, nos EUA, visitar família e amigos.
O entourage em torno das estrelas principais também resolveu relaxar antes do GP que encerra a 57ª temporada da F-1.
Como uma turma de integrantes da Ferrari, que percorreria a Rio-Santos na semana passada para conhecer o litoral norte paulista. O roteiro passaria longe do luxo dos hotéis em que a F-1 ficará em São Paulo -a idéia era viajar sem programação definida e dormir em pousadas ao longo da rodovia.
Membros da Toro Rosso visitariam Salvador, enquanto alguns funcionários da Spyker experimentariam Natal. Parte da equipe da ITV, emissora britânica que acompanha a F-1, viajaria para Recife, de onde tentaria esticar para alguns dias em Fernando de Noronha.
Exceção até nesse quesito, os duelistas pelo título ainda não chegaram ao país. Vice-líder do campeonato, Michael Schumacher desembarca apenas na quarta-feira -mais de uma vez ele já manifestou preocupação com a falta de segurança da cidade. Líder e a apenas um ponto do bicampeonato, Fernando Alonso chegará um dia antes.


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