São Paulo, segunda-feira, 15 de outubro de 2007

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tropeço

Brasil sofre para ficar no 0 a 0

A exemplo do qualificatório para 2002, time estréia sem gols nas eliminatórias diante da Colômbia

Equipe nacional atua em ritmo lento e mal ameaça a meta adversária em jogo disputado em gramado molhado e na altitude

Rodrigo Arangua/France Presse
Robinho tenta passar pelo colombiano Amaya na partida de ontem, em Bogotá


PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A BOGOTÁ

Não foi como nas eliminatórias para 2006, em que o Brasil venceu e convenceu contra a Colômbia e arrancou para uma folgada classificação. Foi sim como no qualificatório para 2002, quando a única seleção a disputar todas as Copas da história empatou sem gols diante dos colombianos na largada para a sua mais sofrida classificação a um Mundial.
Nos 2.600 m de Bogotá, o time de Dunga sofreu para repetir a igualdade sem tentos na abertura do classificatório para a Copa da África do Sul.
Foi salvo de um resultado ainda pior por boas defesas do goleiro Júlio César e pela falta de pontaria dos anfitriões.
De quebra, mostrou nervosismo (quatro jogadores foram advertidos com o cartão amarelo) e manteve a tradição de estréias ruins e de penar em choques na altitude -nas últimas três edições das eliminatórias sul-americanas, o time não venceu na capital colombiana, em Quito, no Equador, tampouco em La Paz, na Bolívia.
Nenhum dos jogadores que entrou em campo ontem já teve o sabor de vencer pelo Brasil quando atuou além dos 2.500 m acima do nível do mar.
Nas 11 vezes que disputou eliminatórias até hoje, a média de gols do Brasil na abertura do torneio está em 1,27 por jogo, praticamente a metade do que registra nas demais rodadas.
Além da altitude, a seleção ainda teve pela frente um gramado pesado e escorregadio.
A partida começou com mais de 40 minutos de atraso em razão da tempestade que atingiu Bogotá durante boa parte da tarde de ontem.
O cenário só não foi pior porque o campo do estádio El Campín tem uma drenagem invejável, o que evitou a formação de poças na hora do jogo.
Novamente o time de Dunga se ressentiu da falta de um artilheiro. Vágner Love, que soma meros dois gols na era Dunga, pouco foi notado e saiu.
Para piorar, o trio de craques do time dessa vez também pouco apareceu -Robinho e Kaká foram outros que acabaram substituídos.
A rodada de abertura do qualificatório colocou o Brasil atrás de Uruguai, Argentina e Venezuela, as seleções que saíram vitoriosas na jornada. Além de brasileiros e colombiano, paraguaios e peruanos também somam um ponto -a exemplo dos rivais que duelaram ontem, Peru e Paraguai empataram sem gols no sábado. Bolívia, Equador e Chile perderam e têm zero ponto.
O Brasil ainda faz três jogos de eliminatórias no ano -o próximo é quarta, com o Equador, no Rio.


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