São Paulo, segunda-feira, 15 de outubro de 2007

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Seleção, agora, visita estádio que renegou

Palco de Brasil x Equador, Maracanã só recebeu seleção 5 vezes em 17 anos

Se comparado com algumas cidades do exterior, o estádio perde de goleada; Los Angeles recebeu o time 12 vezes, e Londres, oito

DO ENVIADO A BOGOTÁ

Demorou sete anos para a seleção brasileira voltar ao Maracanã, palco do próximo jogo das eliminatórias sul-americanas, contra o Equador, quarta-feira.
Mas não foi só nesse período que o mais famoso estádio do país ficou em segundo plano na gestão de Ricardo Teixeira na presidência da CBF.
No primeiro ano de seu mandato inicial, em 1989, o time ainda jogou bastante no estádio carioca por causa da Copa América, que já estava agendada antes de ele assumir.
Desde 1990, porém, a seleção atuou no Maracanã em míseras cinco oportunidades. Nesse período, até o Serra Dourada recebeu mais o time -seis vezes.
Em Goiás estão alguns dos maiores aliados políticos de Teixeira, como o senador Marconi Perillo (PSDB).
Comparando com algumas cidades do exterior, o Maracanã perde de goleada na era Teixeira. Na gestão do cartola, a americana Los Angeles, por exemplo, recebeu o Brasil 12 vezes. Londres, outras oito.
O presidente da CBF nunca escondeu sua implicância com o estádio. Chegou a defender sua demolição. Publicamente mudou de idéia, mas ainda acha que a reforma mais recente, que custou quase R$ 200 milhões, não é suficiente para deixá-lo em condições de abrigar o Mundial de 2014.
Contra o Equador, o último jogo da seleção em casa antes da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo, a CBF faz um trabalho especial para evitar problemas. A entidade deslocou funcionários para trabalharem com as autoridades no esquema de segurança.
Há uma preocupação extra na confecção de credenciais para a imprensa, já que os pedidos foram quatro vezes maiores do que a capacidade do estádio para os profissionais.
Só não vai poder fazer nada com o gramado, que já foi alvo de críticas da comissão técnica -o auxiliar Jorginho disse que nunca o viu "tão ruim".
Sintoma do pouco uso do estádio pela CBF, o único jogador do grupo atual que jogou pela seleção no Maracanã foi Ronaldinho. (PAULO COBOS)


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