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São Paulo, segunda-feira, 15 de outubro de 2007

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GP Brasil pode coroar temporada "exclusiva"

Em 16 corridas até agora, todas as vitórias foram de Ferrari e McLaren

Em 56 dos 57 Mundiais, pelo menos um piloto conseguiu vencer e furar o monopólio dos principais personagens da luta pelo campeonato

TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo terceiro ano seguido, o GP Brasil será o cenário para a decisão do Mundial de F-1. Mas a prova do próximo domingo em Interlagos pode ter um atrativo a mais para 18 pilotos.
Se a vitória na última etapa do Mundial ficar nas mãos de Felipe Massa, Kimi Raikkonen, Fernando Alonso ou Lewis Hamilton, esta será apenas a segunda vez na história da categoria que uma temporada não tem um "intruso" entre os vencedores, ou seja, alguém que tenha vencido somente um GP.
Com a vitória em Xangai, há mais de uma semana, Raikkonen tornou-se o piloto com mais triunfos em 2007. Foram cinco, ou o equivalente a 31,25%. Depois vem a dupla da McLaren, Alonso e Hamilton.
Cada um venceu quatro vezes ou 25%. Massa é quem menos subiu ao topo do pódio. Ganhou no Bahrein, na Espanha e na Turquia, o que eqüivale a 18,75% de sucesso no ano.
Se forem levados em conta apenas os vencedores de corridas, nunca a categoria viu suas taças tão igualmente distribuídas numa temporada.
A última vez que algo semelhante ocorreu foi há exatos 20 anos, no Mundial de 1987.
Naquela ocasião, no entanto, as vitórias não foram tão bem repartidas entre os pilotos como agora. Houve maior discrepância entre quem mais e quem menos venceu.
Outra diferença é que mais pilotos se revezaram recebendo a bandeirada quadriculada naquela temporada -em 1987 foram cinco os vencedores, contra o quarteto de agora.
Após as 16 etapas daquela edição do campeonato, Nelson Piquet sagrou-se campeão com a Williams -foi seu terceiro título mundial- com apenas três vitórias (18,75%).
Nigel Mansell, também da equipe britânica, foi o que mais vezes subiu no alto do pódio. Foram seis triunfos e aproveitamento de 37,5% das vitórias.
Assim como Piquet, Alain Prost (então na McLaren) amealhou três triunfos.
Ayrton Senna (Lotus) e Gerhard Berger (Ferrari) venceram duas vezes cada um, o equivalente a 12,5% de sucesso.
Agora, porém, a chance de Interlagos ver um piloto sagrar-se campeão sem vencer no domingo é menor, já que Alonso e Raikkonen, especialmente o segundo, precisam do maior número de pontos possível para ficarem com o título.
A missão mais fácil é de Hamilton, que não tem necessidade de vencer. Basta ao inglês completar a corrida na frente de Alonso e Raikkonen para ser o primeiro piloto a vencer um Mundial em seu ano de estréia.
Na semana passada aliás, o líder do campeonato, com 107 pontos, já afirmou que no Brasil vai correr pelo título e não para vencer a prova.
Ao bicampeão, porém, ganhar não basta. Com 103 pontos, ele tem de chegar em primeiro e ainda torcer para que o companheiro de equipe chegue no máximo em terceiro.
A seu favor há o retrospecto recente. Nas duas últimas temporadas, Alonso sagrou-se campeão na pista paulistana, ambas em cima do heptacampeão Michael Schumacher.
Para Raikkonen, que somou 100 pontos até agora, a situação é mais complicada. O ferrarista depende da vitória e precisa torcer para que Hamilton não marque mais de três pontos.
Já Massa, com 86 pontos, vai terminar o ano na quarta posição, independentemente do resultado em Interlagos. O brasileiro, que esteve no fim de semana em Buenos Aires acompanhando a Stock Car, terá agenda cheia nos próximos dias. Hoje, ele participa de um encontro com um patrocinador no interior de Minas Gerais. Amanhã, está escalado para eventos em São Paulo.


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