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Talento raro, ela encanta desde os 16
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 16 anos, o mundo
conheceu Marta pela primeira vez. A meia-atacante de canhota infernal
mostrou já no Mundial
sub-19, no Canadá, em
2002, um talento raro.
O Brasil ficou em um
honroso quarto lugar, e
homens de todas as partes
começaram a ficar de boca
aberta. Em 2003, veio a
primeira Copa com a seleção brasileira principal.
Marta, com a camisa 10
de Pelé, parecia uma veterana aos 17 anos. Senhora
do time e de sua modalidade, tão marginalizada no
Brasil, ela fez o único gol
do país nas quartas-de-final da Copa, contra a Suécia, país que eliminaria a
seleção e que se tornaria a
nova casa da alagoana.
Desde 2004, ela joga no
sueco Umea. E desde esse
ano é estrela olímpica. Foi
medalha de prata em Atenas, em decisão contra os
EUA que tirou lágrimas de
muita gente (ela, mulher
de fibra, chora bastante).
Ganhou dois ouros em
Pan-Americanos, o último
deles neste ano, no Rio, em
um lotado Maracanã, templo do futebol que pouco
vê craques hoje em dia.
Se no ano passado ganhou o prêmio da Fifa de
melhor jogadora do mundo sem mal ter jogado pela
seleção por falta de jogos,
neste ano pinta como uma
barbada na eleição da máxima entidade do futebol.
No Mundial da China,
ela foi vice, melhor jogadora e artilheira, com sete
gols (um uma obra-prima
contra as americanas). Em
campo, não há mulher melhor que Marta.
(RBU)
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