|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Falcão brilha e cobra ser titular
Vitória sobre Ucrânia evidencia divergência entre astro, que inicia os jogos no banco, e técnico PC
Artilheiro do Brasil, com
14 gols, ala faz três contra ucranianos e afirma não querer ser coadjuvante na fase decisiva do Mundial
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O relacionamento ruim entre o astro do time, Falcão, e o
técnico Paulo César de Oliveira, o PC, foi explicitado ontem
na vitória do Brasil sobre a
Ucrânia por 5 a 3, que garantiu
a presença da seleção nas semifinais do Mundial de futsal,
contra a Rússia, amanhã, no ginásio do Maracanãzinho.
Mais uma vez no banco, Falcão entrou quando o Brasil perdia por 1 a 0. Fez três gols e deu
passe para um. Comemorou
sempre com os jogadores e o
pessoal do banco. Nem olhou
para PC, que, por sua vez, também ignorou a presença do craque a um metro de distância.
Chegava a ficar de costas para
não ter que cumprimentá-lo.
Após a partida, em mensagem meio cifrada, Falcão disse
que gostaria de começar jogando, pois não é "coadjuvante".
"Passei confiança, agora fico
no aguardo para receber a confiança. No momento decisivo,
quero jogar. Não quero ficar ali
como mais um coadjuvante.
Não me contento com pouco.
Quero participar ativamente da
campanha do título", afirmou.
A seleção não foi tão bem
quanto nos outros jogos. Levou
três gols. No resto da competição, só havia sofrido um, na vitória sobre o Japão por 12 a 1.
A Ucrânia abriu o placar logo
a 1min, em falha de Ciço. A
equipe brasileira não se acertava. Com 6min, PC pôs Falcão e,
em seguida, Lenísio. O gol do
ala saiu dois minutos depois.
Perto do fim do primeiro tempo, o jogador voltou a marcar,
mas a Ucrânia empatou em nova falha da defesa. Antes do intervalo, após passe de Falcão,
Lenísio fez 3 a 2. Ainda houve o
quarto gol, também de Falcão.
Na segunda etapa, Marquinho fez mais um. No final, a
Ucrânia marcou o terceiro gol.
Após a partida, o PC reclamou. "A equipe não jogou relaxada. O que me preocupa é a
maneira como a equipe sente
os erros. Sofre muito quando
erra", falou o técnico do Brasil.
PC considerou que houve
"um certo desleixo" dos jogadores, já que estavam garantidos antecipadamente na semifinal. "Os gols que a gente sofreu foram esporádicos, [resultaram] de falhas individuais.
Em um determinado momento, posso dizer [que houve] um
certo desleixo com o passe."
Para o treinador, a seleção
agiu com irresponsabilidade na
zona defensiva da quadra. "A
gente precisa jogar com simplicidade quando está atrás. Se tiver que ser irresponsável, que
seja no ataque", disse PC, para
quem o jogo de amanhã, contra
a Rússia, é o mais importante
de sua vida. "A equipe que fica
para a história é a campeã. É o
jogo mais importante, sim. Se a
gente não fizer tudo o que tem
que ser feito, alguém vai fazer e
vai ganhar o campeonato."
O técnico não sabe se poderá
contar com Ciço e Wilde, machucados, e com Betão, ameaçado de punição devido a uma
briga no jogo contra a Itália.
Texto Anterior: Copa do Mundo: Atuação do país em Glasgow fica restrita ao masculino Próximo Texto: Fácil?: Rival foi goleado na primeira fase Índice
|