São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2008

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HÓQUEI NO GELO

"Condenado" à morte volta aos treinos e jogos

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

O alemão Robert Müller, 28, guarda em sua mente lembranças de suas participações em importantes eventos esportivos do hóquei no gelo, como dois Jogos Olímpicos, uma Copa e nove Mundiais.
Mas uma de suas memórias mais queridas se refere a uma derrota, na noite de ontem, quando, do banco de reservas, assistiu ao seu time, o Haie, perder para o Duisburg por 3 a 2, no Campeonato Alemão.
Vítima de um tumor cerebral, Müller foi operado duas vezes -a última das intervenções cirúrgicas em agosto- e passou pelas desgastantes sessões de radioterapia e quimioterapia, mas o diagnóstico dos médicos foi bastante claro: ele já deveria ter morrido.
Ao ouvir sua sentença de morte, o atleta, casado e pai de dois filhos, decidiu passar seus últimos momentos de vida como viveu os melhores momentos: no rinque de hóquei.
Foi uma dolorosa volta à rotina de treinos, no mês passado, porém Müller fez o suficiente para convencer a direção da equipe a recolocá-lo no time.
Sua volta, mesmo com a previsão de que começaria a partida no banco de reservas, ganhou as manchetes dos principais periódicos alemães, como o ""Bild", que manchetou: ""O retorno da sensação".
""Naturalmente estou muito satisfeito em voltar a fazer parte da equipe, mesmo que na reserva", explicou o jogador, antes da partida de ontem.
Müller pôde observar Doyle, goleiro titular, em noite de performance excepcional, porém que terminou em derrota. Cenário que acabou por abrir a possibilidade de Müller ser escalado como titular, amanhã, em Nuremberg.
"[A retomada de minha carreira] é um caminho que terei de cumprir passo a passo", resumiu um ainda determinado Müller.


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