São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 2002

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FUTEBOL

Corinthians e Santos chegam ao jogo decisivo com o mesmo esquema e a maioria esmagadora dos atletas da estréia

Finalistas terminam como começaram

DA REPORTAGEM LOCAL

Foram mais de quatro meses e 30 jogos. Essa maratona, que deixou pelo caminho um punhado de técnicos, esquemas e jogadores, não foi capaz de abalar os finalistas do Brasileiro-2002.
Os times de Corinthians e Santos que decidem o título hoje são muito parecidos, tanto na tática utilizada quanto nos jogadores, com os que estrearam no torneio.
Ignorando o 3-5-2 que deu o título nacional para o Atlético-PR e o pentacampeonato para a seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira e Emerson Leão fizeram suas apostas no início da competição e foram com elas até a decisão.
O treinador santista chegou a flertar em algumas rodadas com a tática de três zagueiros, mas viu seu time render de verdade só com o tradicional 4-4-2.
Além do esquema, Corinthians e Santos começaram o Nacional com praticamente as mesmas caras que vão colocar em campo hoje no estádio do Morumbi.
Dos 11 jogadores santistas que venceram o Botafogo, na primeira rodada, sete vão iniciar o confronto final. Outro, Maurinho, também pode aparecer. Alberto só não joga por estar suspenso. O goleiro Júlio Sérgio ficou de fora das finais por contusão. Por último, Preto estará na reserva, mas isso depois de participar de 21 jogos da campanha da sua equipe.
No Corinthians, a situação é similar. Do time que começou a caminhada no Brasileiro, contra o Atlético-MG, oito jogadores vão estar no time que começa a partida contra o Santos. Guilherme só não jogou na estréia por não ter a documentação em ordem. Só Scheidt e Fabrício perderam a titularidade. O time do Parque São Jorge, aliás, mesmo chegando até a final, foi o que utilizou menos atletas no certame: 23.
Se a aposta na estabilidade foi igual, os resultados foram bem diferentes. O 4-3-3 corintiano produz números bem diferentes do 4-4-2 do lado santista.
Com um jogador a menos no meio-campo, o time de Parreira não tem a mesma eficiência nos desarmes -média de 116,9 por jogo, contra 145,4 do Santos.
Em compensação, por ter uma equipe que joga junta desde o início da temporada, o Corinthians passa a bola com eficiência rara -a marca de 89,9% de aproveitamento é a melhor do torneio.
Diferentes nas estatísticas técnicas, os finalistas chegam para a partida desta tarde com campanhas muito próximas. Computadas todas as fases, o Corinthians acumulou 52 pontos. Já o Santos, depois da arrancada nos mata-matas (classificou-se em último na primeira fase), soma 51.
Assim, se vencer hoje, o time do litoral irá ter a maior pontuação entre todos os participantes.


NA TV - Globo, Record e Sportv, ao vivo, às 17h


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