São Paulo, sábado, 15 de dezembro de 2007

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Palmeiras quer semifinal da Copa-14

Clube aproveita anúncio de reforma do Parque Antarctica para pleitear ser a segunda sede paulistana no Mundial

Investimento previsto na arena é de R$ 250 milhões; obras devem começar no primeiro semestre de 2008 e acabar até o final de 2010


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

No lançamento do projeto de reestruturação do estádio do Parque Antarctica, ontem, o Palmeiras explicitou o desejo de ser a segunda sede da Copa de 2014 na cidade de São Paulo.
"Se puder atender à CBF para ser mais um estádio da Copa [na capital paulista], melhor. Se não, a arena sobreviverá do mesmo jeito, porque ficará pronta muito antes", afirmou o diretor administrativo do clube, José Cyrillo Jr.
Apesar de em outras ocasiões já ter deixado nas entrelinhas que a reforma faria do estádio, por conseqüência, candidato natural a receber o Mundial, foi a primeira vez que a diretoria palmeirense disse, com todas as letras, o que projeta para o seu palco em relação à Copa.
"O Palmeiras pretende ser a segunda sede de jogos da Copa do Mundo de 2014 da cidade de São Paulo e, possivelmente, abrigar uma das semifinais do torneio", afirma o documento distribuído à imprensa.
O clube, aliás, foi além. Um dos tópicos do texto, intitulado "Sobre o Palmeiras e a Copa do Mundo", trata da possibilidade de o Palmeiras acolher a seleção italiana durante o Mundial.
"A Copa de 2014 coincide com o ano do centenário da Sociedade Esportiva Palmeiras, e abrigar a seleção da Itália, na futura arena, é o grande sonho do clube e de seus torcedores."
Segundo o assessor especial da presidência do clube, Marcelo Solarino, o clube já manifestou à CBF o seu interesse.
O Morumbi, casa do São Paulo, deverá sediar a abertura da Copa. A final será no Maracanã. Recentemente, o Corinthians, impulsionado pela federação paulista, protocolou pedido na entidade para herdar o projeto de construção de um palco alternativo à arena são-paulina.
O parceiro do Palmeiras será a WTorre Empreendimentos Imobiliários, que tentou acordo similar com o Corinthians. A concepção do projeto, que começou a ser feito há 12 anos, é da Amsterdam Arena Advisory, proprietária e gestora do estádio do Ajax, da Holanda.
O investimento aproximado é de R$ 250 milhões. Segundo o diretor financeiro da WTorre, Luis Davantel, os recursos já existem. A idéia, porém, é agregar mais parceiros.
"O próximo passo é a revisão do plano de negócios", afirmou Davantel. Isso significa elencar as fontes de receita previstas para saber quanto cada parceiro poderá receber com a capitalização da arena. Também será revisto o projeto de engenharia e arquitetura. As obras devem começar no primeiro semestre de 2008 e terminar em 2010.
A arena -que, a exemplo do que ocorre no exterior, deverá aposentar o nome original do estádio- terá capacidade de 42 mil lugares (contra os 28 mil atuais) para jogos de futebol e de 60 mil para os demais eventos. Além da cobertura com teto retrátil, o projeto prevê um auditório para até 2.000 pessoas, um anfiteatro com 10 mil lugares, mais de 250 camarotes e quatro restaurantes.


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