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Palmeiras quer semifinal da Copa-14
Clube aproveita anúncio de reforma do Parque Antarctica para pleitear ser a segunda sede paulistana no Mundial
Investimento previsto na arena é de R$ 250 milhões; obras devem começar no primeiro semestre de 2008 e acabar até o final de 2010
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
No lançamento do projeto de
reestruturação do estádio do
Parque Antarctica, ontem, o
Palmeiras explicitou o desejo
de ser a segunda sede da Copa
de 2014 na cidade de São Paulo.
"Se puder atender à CBF para ser mais um estádio da Copa
[na capital paulista], melhor. Se
não, a arena sobreviverá do
mesmo jeito, porque ficará
pronta muito antes", afirmou o
diretor administrativo do clube, José Cyrillo Jr.
Apesar de em outras ocasiões
já ter deixado nas entrelinhas
que a reforma faria do estádio,
por conseqüência, candidato
natural a receber o Mundial, foi
a primeira vez que a diretoria
palmeirense disse, com todas
as letras, o que projeta para o
seu palco em relação à Copa.
"O Palmeiras pretende ser a
segunda sede de jogos da Copa
do Mundo de 2014 da cidade de
São Paulo e, possivelmente,
abrigar uma das semifinais do
torneio", afirma o documento
distribuído à imprensa.
O clube, aliás, foi além. Um
dos tópicos do texto, intitulado
"Sobre o Palmeiras e a Copa do
Mundo", trata da possibilidade
de o Palmeiras acolher a seleção italiana durante o Mundial.
"A Copa de 2014 coincide
com o ano do centenário da Sociedade Esportiva Palmeiras, e
abrigar a seleção da Itália, na
futura arena, é o grande sonho
do clube e de seus torcedores."
Segundo o assessor especial
da presidência do clube, Marcelo Solarino, o clube já manifestou à CBF o seu interesse.
O Morumbi, casa do São Paulo, deverá sediar a abertura da
Copa. A final será no Maracanã.
Recentemente, o Corinthians,
impulsionado pela federação
paulista, protocolou pedido na
entidade para herdar o projeto
de construção de um palco alternativo à arena são-paulina.
O parceiro do Palmeiras será
a WTorre Empreendimentos
Imobiliários, que tentou acordo similar com o Corinthians. A
concepção do projeto, que começou a ser feito há 12 anos, é
da Amsterdam Arena Advisory,
proprietária e gestora do estádio do Ajax, da Holanda.
O investimento aproximado
é de R$ 250 milhões. Segundo o
diretor financeiro da WTorre,
Luis Davantel, os recursos já
existem. A idéia, porém, é agregar mais parceiros.
"O próximo passo é a revisão
do plano de negócios", afirmou
Davantel. Isso significa elencar
as fontes de receita previstas
para saber quanto cada parceiro poderá receber com a capitalização da arena. Também será
revisto o projeto de engenharia
e arquitetura. As obras devem
começar no primeiro semestre
de 2008 e terminar em 2010.
A arena -que, a exemplo do
que ocorre no exterior, deverá
aposentar o nome original do
estádio- terá capacidade de 42
mil lugares (contra os 28 mil
atuais) para jogos de futebol e
de 60 mil para os demais eventos. Além da cobertura com teto retrátil, o projeto prevê um
auditório para até 2.000 pessoas, um anfiteatro com 10 mil
lugares, mais de 250 camarotes
e quatro restaurantes.
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