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"Prato feito" é recordação bizarra de Kiev
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 2003, jogar na Ucrânia parecia a Kléber ainda
mais assustador do que
hoje em dia, quando clubes como o Dínamo de
Kiev e o Shakhtar Donetsk
não são mais tão estranhos
no cenário europeu.
Mesmo assim, o atacante aprovou sua experiência na capital da Ucrânia.
"Foi uma boa experiência. Tirando o primeiro
ano, quando tive muitas
dificuldades com a comida, o clima e o estilo de jogo deles. Depois, comecei
a jogar e a ganhar títulos",
diz o palmeirense.
Quando a saudade do
Brasil quase o fez desistir e
voltar, o pai, José, segurou
a barra para o filho. "Dizia
para ele agüentar mais um
pouco", conta José, que
tem outros três filhos.
Da passagem pelo Leste
Europeu, Kléber trouxe,
também, algumas das histórias mais esquisitas que
ele vivenciou no futebol.
O mais bizarro, segundo
ele, era quando o Dínamo
jogava fora de casa. Um dia
antes da partida, cada atleta era indagado sobre qual
comida gostaria de ter na
mesa no dia do jogo. E levavam a refeição pronta.
"Eles não deixavam a
gente comer no hotel porque eles são totalmente
neuróticos com essa história de envenenamento."
Em 2004, primeiro ano
de Kléber no país, o então
candidato presidencial da
oposição, Viktor Yushchenko, foi envenenado
por dioxina, o que desfigurou seu rosto.
A falta de intimidade
com o transporte ferroviário, comum na Europa,
também o surpreendeu.
"Fui para um jogo de trem
por causa de uma nevasca.
Imagina o time todo pegando o trem. Era meio estranho", conta.
(RC)
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