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Equipe já cogitou disputar Estadual do Rio
DO ENVIADO A JUIZ DE FORA
O time que hoje incomoda a
dupla Atlético-MG e Cruzeiro
no Mineiro já cogitou a possibilidade de ultrapassar a divisa
para tentar desafiar Flamengo,
Fluminense, Botafogo e Vasco
no Estadual do Rio.
Segundo o vice-presidente
do Tupi, José Roberto Maranhas, essa iniciativa ocorreu na
metade da década de 80.
"Houve uma pressão muito
grande para que o Tupi tentasse disputar o campeonato do
Rio", conta. A iniciativa não
prosperou, segundo o cartola,
porque "as federações dos dois
Estados são muito unidas e não
iriam permitir isso".
De acordo com Maranhas,
caso o Tupi tivesse obtido êxito
em trocar, futebolisticamente
falando, de Estado, uma revolução aconteceria em outras regiões mineiras. "Os times do
Sul de Minas iam querer disputar o Campeonato Paulista, os
do Norte iam tentar jogar na
Bahia, o Uberlândia em Goiás e
por aí vai", imagina.
As dimensões de Minas Gerais acabam sendo apontadas
também como um complicador
para o dirigente do Tupi. "Para
enfrentar o Ituiutaba, percorremos uns 950 quilômetros,
uma despesa de R$ 8.000."
Ao ser questionado se a situação do clube seria facilitada caso disputasse o regional do Rio,
a resposta foi rápida.
"Seria uma outra realidade. O
Estado do Rio é menor. Sem
contar que enfrentaríamos os
quatro grandes. Acho que nossa
média de público em casa nessas partidas ficaria entre 22 mil
a 25 mil pessoas", previu.
Na carona das torcidas organizadas no Rio de Janeiro, Juiz
de Fora conta hoje com várias
uniformizadas que têm camisa
própria, bandeirões e pontos
estratégicos para assistir aos jogos. Em partidas de maior apelo como as da Libertadores, ou
ainda finais de campeonato, as
organizadas de Juiz de Fora são
responsáveis por verdadeiros
comboios rumo ao Maracanã.
"Esse movimento [de organizadas] vem crescendo muito
aqui, mas tentamos formar as
torcidas sem os problemas de
violência que são comuns nas
cidades grandes", falou Leandro Severino, diretor da Urubuzada, torcida do Flamengo com
subsede em Juiz de Fora.
Apesar dos cuidados, brigas
de torcidas organizadas às vezes acontecem. "Já nos reunimos com os líderes de outras
torcidas. A nossa intenção é
sempre identificar os brigões
para puni-los", disse Severino.
Além do Flamengo, que conta ainda com a Jovem Fla e a
Raça Fla, Vasco, Botafogo e
Fluminense também são representados por organizadas
que param a cidade após os
grandes jogos.
O alvinegro carioca conta
com a Torcida Jovem e a Fúria
Jovem. O Vasco tem a Força
Jovem e a Ira Jovem. Já o Fluminense tem a Força Flu.
A cidade abriga ainda torcidas de outros Estados, mas em
pequeno número. Cruzeiro e
Atlético-MG são representados
pela Máfia Azul e a Galoucura.
O São Paulo tem um grupo da
Independente, e o Corinthians,
um da Gaviões da Fiel.
"São estudantes que vêm de
fora, acabam formando pequenos grupos de times de outros
Estados e vêm ver os jogos no
bar. Mas não dá para comparar
com as torcidas dos times do
Rio", afirmou o cruzeirense
Thiago Sampaio.
(TA)
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