São Paulo, domingo, 16 de março de 2008

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Equipe já cogitou disputar Estadual do Rio

DO ENVIADO A JUIZ DE FORA

O time que hoje incomoda a dupla Atlético-MG e Cruzeiro no Mineiro já cogitou a possibilidade de ultrapassar a divisa para tentar desafiar Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco no Estadual do Rio.
Segundo o vice-presidente do Tupi, José Roberto Maranhas, essa iniciativa ocorreu na metade da década de 80.
"Houve uma pressão muito grande para que o Tupi tentasse disputar o campeonato do Rio", conta. A iniciativa não prosperou, segundo o cartola, porque "as federações dos dois Estados são muito unidas e não iriam permitir isso".
De acordo com Maranhas, caso o Tupi tivesse obtido êxito em trocar, futebolisticamente falando, de Estado, uma revolução aconteceria em outras regiões mineiras. "Os times do Sul de Minas iam querer disputar o Campeonato Paulista, os do Norte iam tentar jogar na Bahia, o Uberlândia em Goiás e por aí vai", imagina.
As dimensões de Minas Gerais acabam sendo apontadas também como um complicador para o dirigente do Tupi. "Para enfrentar o Ituiutaba, percorremos uns 950 quilômetros, uma despesa de R$ 8.000."
Ao ser questionado se a situação do clube seria facilitada caso disputasse o regional do Rio, a resposta foi rápida.
"Seria uma outra realidade. O Estado do Rio é menor. Sem contar que enfrentaríamos os quatro grandes. Acho que nossa média de público em casa nessas partidas ficaria entre 22 mil a 25 mil pessoas", previu.
Na carona das torcidas organizadas no Rio de Janeiro, Juiz de Fora conta hoje com várias uniformizadas que têm camisa própria, bandeirões e pontos estratégicos para assistir aos jogos. Em partidas de maior apelo como as da Libertadores, ou ainda finais de campeonato, as organizadas de Juiz de Fora são responsáveis por verdadeiros comboios rumo ao Maracanã.
"Esse movimento [de organizadas] vem crescendo muito aqui, mas tentamos formar as torcidas sem os problemas de violência que são comuns nas cidades grandes", falou Leandro Severino, diretor da Urubuzada, torcida do Flamengo com subsede em Juiz de Fora.
Apesar dos cuidados, brigas de torcidas organizadas às vezes acontecem. "Já nos reunimos com os líderes de outras torcidas. A nossa intenção é sempre identificar os brigões para puni-los", disse Severino.
Além do Flamengo, que conta ainda com a Jovem Fla e a Raça Fla, Vasco, Botafogo e Fluminense também são representados por organizadas que param a cidade após os grandes jogos.
O alvinegro carioca conta com a Torcida Jovem e a Fúria Jovem. O Vasco tem a Força Jovem e a Ira Jovem. Já o Fluminense tem a Força Flu.
A cidade abriga ainda torcidas de outros Estados, mas em pequeno número. Cruzeiro e Atlético-MG são representados pela Máfia Azul e a Galoucura. O São Paulo tem um grupo da Independente, e o Corinthians, um da Gaviões da Fiel.
"São estudantes que vêm de fora, acabam formando pequenos grupos de times de outros Estados e vêm ver os jogos no bar. Mas não dá para comparar com as torcidas dos times do Rio", afirmou o cruzeirense Thiago Sampaio. (TA)


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