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ADMINISTRAÇÃO
CBAt quer R$ 5 mi, mas banco ainda estuda valor do contrato
CEF apóia atletismo e nega aproximação com basquete
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A CEF (Caixa Econômica Federal) irá renovar seu patrocínio
com a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). A Folha apurou que a entidade pediu R$ 5 milhões, mas os valores do contrato
ainda estão sendo estudados.
O banco estatal mantém parceria com o atletismo desde 2001
-o compromisso havia sido encerrado no final do ano passado.
Com a mudança de governo, a
nova direção da Caixa pediu tempo para estudar seus contratos
antes de decidir pela renovação.
Essa indecisão fez com que outra entidade, a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), entrasse na disputa pelo contrato.
"Estamos iniciando conversas
com o ministro [Agnelo Queiroz,
do Esporte] para conseguirmos
patrocínio. Nossa prioridade é a
Caixa, que historicamente é ligada ao basquete", afirmou Gerasime Bozikis, o Grego, presidente
da CBB, à Folha, em março.
De fato, antes de patrocinar a
CBAt, a CEF manteve parceria
com o basquete de 1993 a 2001.
Para engrossar o lobby, Grego
esteve reunido com Queiroz na
quinta-feira passada, em Brasília.
O dirigente teria conversado sobre a possibilidade de conseguir
um patrocínio estatal, além de ter
apresentado o projeto social da
entidade, que prevê a implantação de núcleos de formação de
atletas em comunidades carentes.
No entanto, apesar da proposta
da CBB, a Caixa informou, por
meio de sua assessoria de imprensa, que não está nos seus planos
patrocinar outra modalidade.
A verba da Caixa é estratégica
para as confederações olímpicas.
A Petrobras já apóia o iatismo,
os Correios mantêm contrato
com a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos),
enquanto o Banco do Brasil possui parceria com a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
A CEF é a única, entre as estatais
que historicamente têm vínculo
com o esporte, que ainda não firmou contrato com nenhuma entidade neste ano. As confederações de atletismo e basquete, que
travavam na disputa, estão precisando de uma boa verba para desenvolver seus projetos em 2003.
O basquete contou com um orçamento de R$ 6 milhões em
2002. Para este ano, Grego diz que
a CBB precisaria de R$ 18 milhões.
Já a CBAt perdeu vários patrocinadores importantes, como a TV
Globo, a Xerox e o governo do
Amazonas. A Olympikus, que desembolsa R$ 300 mil e fornece
material esportivo, foi a única a
renovar seu compromisso.
Além disso, a entidade sofreu
com as novas regras da Iaaf que
inflacionaram os GPs. Só em premiação, a CBAt terá que pagar
US$ 200 mil no GP Brasil, que será
no dia 4 de maio, em Belém. O
custo do evento é de R$ 2 milhões.
"Já apresentamos nossa proposta para a Caixa e agora esperamos resposta", disse Roberto Gesta de Melo, presidente da CBAt.
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