|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TÊNIS
Agora é assim
Confronto no interior de SP, jogos duros, incerteza contra rival fraco, sorte no sorteio: bem-vindo à crua realidade
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
SEMANAS antes do confronto da
Copa Davis, poucas cidades
brasileiras parecem dispostas
a lutar para ser sede do evento. É
uma situação bem diferente da de
anos anteriores, em que algumas das
mais importantes cidades do país,
turísticas inclusive, entravam na
disputa para receber os tenistas, os
torcedores, os jogos, o clima.
Chega a hora do sorteio dos jogos
e, a não ser pelos portais, quase não
se vê notícias de quem abre o confronto, de como está a semana, a ansiedade e as táticas. De relevante, só
que os organizadores do evento temem falta de público, motivado, entre outros, pelo preço alto do ingresso -os mais caros do mundo.
Vem, então, a sexta, e as arquibancadas mostram os clarões da falta de
público. Os jogos se arrastam por
horas no saibro lento, debaixo de sol
forte. O Brasil perde um jogo, apertado, e ganha o outro, mais apertado.
O primeiro dia termina indefinido, e
será preciso suar até domingo.
Nasce o sábado, cresce o público, e
o país joga por um ponto decisivo
nas duplas. Apesar do nervosismo
declarado de um dos nossos duplistas, a fragilidade técnica da dupla rival e a pressão dos torcedores mais
exaltados ajudam na vitória.
Com o domingo, desembarca a
sensação de decisão. O melhor tenista do país será o primeiro a entrar
em quadra, de novo no calor, saibro
conhecido, torcida a favor, favoritismo quase declarado a seu lado. Mas
quem garante que uma vitória virá
sem surpresas? Ela vem, muito suada, em um jogo disputadíssimo, tie-breaks, superação física e cãibras.
Assim, quase dramático, é que a
equipe brasileira conseguiu superar
seu adversário, os rivais colombianos, e garantiu uma vaga na repescagem do Grupo Mundial. À segunda-feira festiva, soma-se a notícia de
que o Brasil fugiu da Croácia, da sensação Djokovic, na repescagem.
Agora, no sorteio que define os confrontos, o negócio é cruzar os dedos.
Sem Gustavo Kuerten, que já nos
levou a uma semifinal no Grupo
Mundial e que nesta semana disputa
sua última competição no país, é esta nossa mais nova pura realidade.
Agora sentimos na pele.
PELO MUNDO
Roddick e Blake (EUA), Nadal e
Ferrer (ESP), Davydenko e Safin
(RUS), Nalbandián e Cañas ou Monaco (ARG). Sem dois bons atletas,
dificilmente um país fica na Davis.
EM CAMPINAS
Carlos Severino, Thaís Xavier (18
anos), Thiago Pinheiro, Rafaella
Miiller (16), Hugo Dojas, Mariana
Buffara (14), Osni Júnior e Carolina Alves (12) foram os campeões da
segunda etapa da Credicard Citi
MasterCard Juniors Cup.
EM SÃO PAULO
A federação paulista promove o
1º Congresso Internacional a partir
de sábado no Clube Paineiras.
reandaku@uol.com.br
Texto Anterior: Vôlei: Florianópolis vai à decisão da Superliga Próximo Texto: Tostão: Vitória não foi zebra Índice
|