DA REPORTAGEM LOCAL

A final da Recopa de 1973, na época o segundo principal torneio de clubes de futebol da Europa, pode mudar no tapetão.
Richard Corbett, um deputado inglês no Parlamento Europeu, coletou 15 mil assinaturas numa petição para que a Uefa, a confederação europeia de futebol, revise a vitória do Milan sobre o Leeds United por 1 a 0.
A suspeita é que o resultado da partida tenha sido manipulado pelo árbitro do jogo, o grego Christos Michas. O clube italiano venceu com um gol de falta de forma direta de Chiarugi numa infração anotada como em dois toques por Michas.
Após a final, Michas foi investigado pela federação grega pela suspeita de que ele havia sido "comprado" pelo Milan.
O juiz acabou banido pela Uefa de jogos internacionais. O Leeds, hoje fora da elite do futebol inglês, pediu uma nova final, mas não foi atendido.
Corbett quer uma nova investigação para o caso e, se novas evidências forem encontradas, que o título seja revertido para o clube do seu país.
O deputado baseia seu pedido no anúncio feito pela Uefa de que o futebol europeu teve pelo menos um resultado manipulado após análise de mais de 20 mil jogos -o confronto pela Copa dos Campeões, em 2004, entre Poboda, da Macedônia, e Pyunic, da Armênia.
Michel Platini, presidente da entidade, apontou a manipulação de resultados como um dos grandes problemas do esporte.
A Uefa, porém, já adiantou que será impossível rever o resultado da final da Recopa de 1973. Isso porque seus estatutos dizem que existe um limite de dez anos depois do ocorrido para esse tipo de revisão.
"Isso significa que, se você esconder um crime por tempo suficiente, pode se safar depois. Acho que a Uefa deveria rever essa política", declarou Corbett à agência Reuters.
Um dos gigantes europeus, o Milan ganhou duas vezes a Recopa, competição que reunia os vendedores das Copas nacionais. Antes do triunfo sobre o Leeds, havia levado a melhor sobre o Hamburgo em 1968.


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