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Bellucci ganha 18 seguidas e é novo número 1 do país
Tenista busca, em Bordeaux, seu 4º título consecutivo, antecipa metas e passa a sonhar em disputar a Olimpíada
Seqüência rende a paulista
de 20 anos ascensão de cerca de 70 colocações no ranking mundial e lugar à frente de Marcos Daniel na listagem
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o confronto da Copa
Davis já decidido, poucos viram
a vitória de Thomaz Bellucci no
quinto jogo diante da Colômbia, em março, em Sorocaba.
Começava ali uma impressionante série de triunfos que o
fez subir cerca de 70 posições
no ranking mundial e assumir o
posto de número um do Brasil.
O tenista de Tietê (SP) engatou uma seqüência de vitórias e
títulos nos challengers de Florianópolis, Túnis e Rabat.
Nesta semana, venceu as
duas primeiras rodadas do
Challenger de Bordeaux e, hoje,
enfrenta o russo Igor Kunitsyn.
São 18 triunfos consecutivos
de Bellucci, 20, que deixou a
144ª posição no ranking mundial e já garantiu um lugar na
frente do gaúcho Marcos Daniel, 74º, na próxima semana.
"Minha expectativa era jogar
bem", afirmou Bellucci, que começou a semana como 81º, por
e-mail. "Não posso negar que
foi uma surpresa agradável."
A meta da equipe do tenista
era colocá-lo no top 100 apenas
em 2009. "O meu treinador
sempre comenta que, trabalhando bem, temos como antecipar metas", afirmou ele, referindo-se a Léo Azevedo. "E é o
que está acontecendo."
Bellucci começou a trabalhar
com Azevedo no final do ano
passado, quando ocupava apenas a 235ª posição no ranking.
O novo número um do Brasil
alcançou o posto jogando basicamente challengers, torneios
menores do circuito. Na semana que vem, disputará o quali-
fying de Roland Garros.
Para tentar manter a ascensão no ranking, o brasileiro terá
que incluir torneios maiores, os
ATP Tours, em seu calendário.
Ele planeja jogar mais um ou
dois challengers, dependendo
de seu desempenho em Roland
Garros. "Depois, jogarei dois
ATPs na grama", afirmou.
"A diferença é que no nível
ATP exige-se muito mais mentalmente e fisicamente do que o
nível challenger", afirmou ele,
que jogou dois ATPs neste ano
e caiu na estréia (Costa do Sauípe) e na segunda rodada (Buenos Aires). "Você tem que estar
mais atento aos detalhes."
Com a arrancada, o sonho de
disputar a Olimpíada de Pequim, algo improvável no começo do ano, também está perto. A lista de 56 participantes
definidos pelo ranking será fechada após Roland Garros.
Como nenhum país pode ter
mais do que quatro tenistas, a
tendência é que o corte suba
para próximo do número 70.
"Participar da Olimpíada seria incrível, mas ainda não estou garantido", disse ele, que
ganhou do duplista Marcelo
Melo o apelido de Sid, o bicho-preguiça de "A Era do Gelo".
"Eu não me acho parecido,
mas ele acha..."
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