São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011

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JUCA KFOURI

Santos sem limites


Em esforço quase sobre-humano, e com mais uma baixa, a Vila Belmiro festeja mais um título


JUSTO E FÁCIL.
Assim o Santos conquistou seu 19º título paulista, mesmo enfrentando uma maratona de jogos decisivos pela Libertadores, para os quais fez viagens continentais.
Menos mal que o Paulistinha tenha acabado.
E acabou com um placar que não revela o que foi a facílima vitória do muito melhor time santista contra a pasmaceira corintiana.
O 1 a 0 do primeiro tempo, gol de Arouca, foi pouco, muito pouco, para um Santos que mandou bola na trave com o mesmo Arouca e viu Alan Patrick, em passe brilhante de Neymar, e o próprio Neymar, perderem dois gols cara a cara com Júlio César.
Já o Corinthians ameaçar não ameaçou. No máximo viu, no finzinho da partida, Jorge Henrique falhar num cabeceio que poderia significar o injusto empate.
O segundo tempo foi ainda mais tranquilo para os campeões, porque a letargia do Corinthians só levou uma sacudida com a chuva que caiu sobre a Vila Belmiro.
Que, aí, testemunhou um frango d'água, em gol de Neymar para desalento do goleiro Júlio César, e uma desatenção equivalente do goleiro Rafael, em gol de Morais, imerecido e sem querer.
Porque 2 a 1 foi mesmo pouco, muito pouco para a superioridade do Santos, que enfrentou um oponente incapaz até de fazê-lo correr, apesar de sabê-lo desgastado.
Desgaste que poderá passar a ser mais bem administrado daqui por diante, já que o próximo desafio, no Pacaembu, contra o Once Caldas, não exige mais que um empate, apesar de o Santos ter perdido mais um titular, desta vez o lateral Jonathan, nesta loucura insensata de querer ganhar tudo sem medir consequências futuras.
Seja como for, Estadual no bolso, o tri da Libertadores pode vir, mesmo sem Paulo Henrique Ganso.
O empate contra os colombianos que valerá passaporte para as semifinais parece simples para um time que em seus últimos 11 jogos sob o comando de Muricy Ramalho levou apenas três gols.
É claro que os cinco outros clubes brasileiros que começaram a Libertadores-2011 aprenderam, ao dela se despedirem melancolicamente que, na verdade, nada é simples no futebol de hoje em dia.
Mas o Santos, até para surpresa deste colunista, tem demonstrado uma incrível capacidade para superar suas dificuldades, às vezes de modo quase sobre-humano, tamanha a resistência e competência de seu elenco. Que continue assim.

blogdojuca@uol.com.br


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