FABIO TURA
DO DATAFOLHA

O time sul-americano da camisa amarela ostenta o melhor ataque e a mais eficiente defesa da Copa da Alemanha. E já está nas oitavas-de-final. Não é o Brasil. É o Equador. Mas as semelhanças entre as duas equipes não se limitam somente à cor da camisa. Assim como a seleção brasileira, a equipe equatoriana tem atacantes fortes e altos. Mas mais eficientes. Delgado (1,87 m) e Carlos Tenório (1,82 m) têm alturas parecidas com as de Adriano (1,89 m) e Ronaldo (1,83 m), mas já balançaram as redes duas vezes cada um, enquanto a dupla brasileira passou em branco e é questionada. Nas laterais, ambos os atletas têm (ou tiveram) vínculos com o futebol brasileiro. O lateral-esquerdo titular é o improvisado Reasco, que já assinou um pré-contrato com o São Paulo. Na direita, atua De la Cruz, que passou pelo Cruzeiro nos anos 90 -ele não ficou na equipe porque, seduzido pela comida brasileira, vivia acima do peso. Contrariando a fama de se dar bem apenas na altitude de Quito -onde joga a 2.850 metros acima do nível do mar e bate potências como o Brasil-, o atual Equador apaga a má campanha de 2002. Ainda vivendo a era do meia cabeludo Aguinaga, a equipe acabou na lanterna de um forte grupo, no qual tinha companhia de Itália, Croácia e México.